E-commerce
Fórum ECBR 2023: confira os principais insights do evento
O Fórum ECBR 2023, realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo, nos dias 25, 26 e 27 de julho,
Expectativas que foram superadas, planos antecipados em alguns anos, confirmação dos marketplaces como grande força do online: veja o que mais se destacou no ecommerce em 2020
Se alguém te contasse, no dia 1º de janeiro de 2020, o que aconteceria durante o ano, será que você acreditaria? Os últimos meses foram dignos de um roteiro de cinema, com uma epidemia global, lojas fechadas, pessoas trancadas em casa e pessoas e empresas precisando se reinventar quase diariamente para lidar com as mudanças.
O ano derrubou as apostas e análises de todos os especialistas do mercado, mas deixou uma lição que ficará por muito tempo: pessoas, empresas e países com mais habilidades digitais se deram melhor. O Relatório de Competitividade Global divulgado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial mostra, na edição 2020, que as nações que administraram melhor o impacto da pandemia na economia e na sociedade foram aquelas com economias digitais avançadas, redes de segurança social e experiência com epidemias.
Olhando para a realidade brasileira, o nosso recap de 2020 tem os seguintes destaques:
Você lembra dos tempos em que o ecommerce crescia 50%, 60%, 70% ao ano? A grande diferença em relação a 2020 é que, agora, o varejo online tem uma participação importante nas vendas do varejo. Os últimos meses viram uma forte aceleração do ecommerce: em outubro, por exemplo, o online teve uma expansão de 87% sobre 2019. O comportamento do consumidor agora é outro: o comércio eletrônico é parte do dia a dia.
Esse crescimento explosivo foi impulsionado, é claro, pela digitalização forçada do varejo. Com o fechamento das lojas físicas, em março, varejistas que não tinham uma operação online perceberam que tinham que colocar um site no ar ou participar de um marketplace. E quem já tinha um ecommerce percebeu que não poderia manter os estoques das lojas parados.
Rapidamente, varejistas de todos os setores aceleraram seus esforços online. Se no início de 2020 havia cerca de 930 mil sites de ecommerce no ar, esse número disparou a partir do segundo trimestre, no sentido oposto ao do funcionamento das lojas físicas.
O setor de supermercados é, tradicionalmente, o que deixou seus esforços de digitalização para depois. E é simples compreender os motivos: margens apertadas, experiências de compra online menos interessantes que as da loja física, dificuldade em escalar uma operação 100% online. Não é à toa que um estudo da SBVC mostra que, mesmo entre as 300 maiores varejistas brasileiras, menos de 30% dos grandes supermercados possuíam um ecommerce no fim de 2019.
Assim que o isolamento social foi declarado no Brasil, começou uma corrida dos supermercados para abraçar o ecommerce. Grandes empresas que estavam estruturadas viram a demanda disparar: no Carrefour, por exemplo, a participação do online saltou de 1% antes da crise para 7,7% em junho. Depois disso as vendas continuaram em alta, avançando 72,5% no terceiro trimestre. E foi assim em muitas outras empresas.
A pandemia exigiu uma rápida digitalização das empresas. Quem não tinha uma estrutura pronta precisou correr para construir uma, ao mesmo tempo em que fazia parcerias com aplicativos de entrega para dar conta da demanda. Quem ganhou espaço foram os aplicativos de delivery, como Rappi e iFood, que multiplicaram seu volume de entregas. Startups como James Delivery e Supermercado Now se tornaram ainda mais importantes para suas controladoras (GPA e B2W, respectivamente), ao mesmo tempo em que avançaram realizando entregas para terceiros e contribuindo para a evolução do ecommerce.
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), entre abril e setembro 11,5 milhões de pessoas fizeram suas primeiras compras online. Boa parte desse contingente correu para os principais marketplaces: já em maio, o Mercado Livre informava ter 5 milhões de novos clientes por causa da pandemia e, em junho, avançava também para o setor de supermercados.
Os marketplaces consolidaram, em 2020, a posição como o grande motor do ecommerce brasileiro, acelerando uma tendência que aconteceria somente em alguns anos. No primeiro semestre, as vendas (GMV) nas plataformas online saltaram 56% na comparação anual, para R$ 30 bilhões, e representaram 78% do faturamento total do ecommerce brasileiro.
O resultado disso é que hoje quem não tem um marketplace faz parte de um (ou vários). A disputa pela atenção do cliente, em 2021, dependerá de ter uma presença relevante nos marketplaces, seja de forma orgânica, seja por meio de uma estratégia de publicidade bem executada.
Com a forte digitalização do varejo, a Black Friday tinha tudo para ser a melhor da história. E de fato foi, com vendas 32% superiores às do ano passado. O mais interessante, porém, é que a data promocional se consolidou em 2020 como um evento para todo o mês: considerando as vendas durante novembro, o crescimento foi de 70% na comparação anual.
O varejo antecipou promoções, seja para evitar aglomerações nas lojas físicas e gargalos no site, seja para chegar primeiro ao apertado bolso dos consumidores. E as vendas vieram, em todas as semanas do mês.
Na Black Friday, as vendas continuaram concentradas em quatro categorias. Celulares, eletrodomésticos, TVs e informática responderam por 70% das vendas dos clientes Linx Digital. Esse é o grande momento do ano escolhido pelos consumidores para trocar equipamentos e se torna, definitivamente, uma espécie de “Natal fora de época” para essas categorias. Assim como a Páscoa para doces e chocolates.
E o ano trouxe emoções até o final. Com o mês de dezembro apresentando uma retomada dos casos de Covid-19 e autoridades em todo o país reforçando as medidas de isolamento social, o ecommerce ganha um novo impulso com as compras de última hora para o Natal. Tradicionalmente, as pessoas correm para os shoppings e lojas de rua na semana anterior ao Papai Noel, mas desta vez os grandes players do comércio eletrônico entraram na briga, oferecendo entregas em menos de 24 horas em uma série de categorias.
O sucesso do ecommerce em entregar com prazos tão apertados aumenta a confiança dos consumidores, oferece experiências marcantes e, com certeza, prepara o caminho para 2021. Um ano que deverá ver a continuidade da expansão do online, ainda que em números mais sustentáveis.
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