Escrito por Denise Bonfanti em 10/11/2021 | Atualizado em 01/03/2022
Como forma de preparação para a data, varejo expande presença digital simultânea em 4 marketplaces
Após recordes de volume nas vendas digitais no último ano, impulsionados especialmente por conta da pandemia, os marketplaces protagonizam boa parte dos processos do varejo on-line e para esta Black Friday muitos varejistas continuam apostando todas as fichas nesses “shoppings virtuais”. A Linx, líder em tecnologia para o varejo, constatou a partir da base de dados de clientes da solução Linx Commerce que, em média, eles estão presentes em cerca de 4 marketplaces ao mesmo tempo.
O número é relevante e reforça que o varejista está focado em expandir sua presença no e-commerce para alcançar públicos maiores, mesmo que a competição nesses ambientes seja maior, considerando a extensão do catálogo. Para Tiago Mello, diretor de produtos da Linx Digital, unidade de negócio dedicada ao varejo digital e sua integração com o físico da Linx, essa estratégia pode ser certeira para a Black Friday, considerando facilidades como a oferta de uma estrutura pronta de marketplaces, além de visibilidade que beneficia o negócio nessas plataformas. “Criar um e-commerce do zero, demanda mais tempo e dedicação. Mesmo que essa seja uma ação, ter uma estratégia complementar, como a venda por meio de marketplaces, é muito importante. Ainda mais pensando em aumentar a relevância da loja e ganhar audiência dentro dessas vitrines gigantescas, em vista do tráfego estabilizado que já existe nesses espaços”, comenta.
Na última Black Friday, as vendas on-line cresceram 31% em relação a 2019, chegando a R$ 5,1 bilhões, de acordo com dados da Neotrust/Compre&Confie. Este ano, mesmo em meio a um cenário mais promissor para o negócio físico por conta do avanço da vacinação e da reabertura do comércio, espera-se que o consumidor não abra mão do consumo pelo meio digital. Uma pesquisa da Offerwise, encomendada pelo Facebook, revelou que entre os principais canais de compra durante a B.F., a opção mobile está na liderança, com 77% da preferência – um aumento de 45% em relação ao ano passado.
“Nossos clientes estão optando por estar em várias frentes, justamente por terem chances multiplicadas de venda. Um deles, do setor de vestuário, estava presente em três canais de markeplaces em agosto de 2020, e em janeiro deste ano, já estava em nove. Deixar de aproveitar essas oportunidades pode afetar o desempenho do negócio e, por isso, oferecemos soluções integradoras, na qual o varejista consegue ter uma visão geral a partir de um hub de marketplaces, que pode ser conectado ao ERP da empresa”, complementa o executivo da Linx. Mercado Livre, Magazine Luiza e B2W são alguns dos principais nomes quando o assunto é marketplace, modelo que já ocupa 78% do comércio eletrônico B2C, de acordo com um estudo da Ebit | Nielsen.
Mas apesar de serem vitrines gigantescas para o varejista, apenas estar no marketplace não garante uma boa performance durante picos de venda como a Black Friday. Estratégias de marketing digital, quando atreladas a esses modelos, podem funcionar como a combinação ideal. Segundo o relatório de Black Friday de 2020 da Linx Digital, ano passado houve 58% a mais de investimento em mídia por parte da base de clientes, se comparado a 2019, e durante o período cerca de R$ 140 milhões em vendas passaram pela Linx Ads, solução de anúncios da Linx. “Apesar de todas as vantagens de estar presente em um marketplace, é preciso entender que se destacar entre milhares de vendedores não é tarefa fácil. Nesse momento que o investimento em anúncios entra como aliado do varejo, possibilitando que um direcionamento de objetivos para cada campanha, de acordo com o planejamento do vendedor”, finaliza Melo.