Escrito por Denise Bonfanti em 25/02/2022 | Atualizado em 01/03/2022
Cerca de 56% dos brasileiros querem comprar durante “Dia”, “Semana” ou “Mês” do Consumidor; especialista da Linx dá dicas de como otimizar o varejo para a data
Ao longo do ano, diversas datas comemorativas geram muitas oportunidades de movimentar o comércio. A mais famosa é a Black Friday, que supera picos de venda a cada edição. Em 2022, a próxima que o varejo está de olho é o “Dia Mundial do Consumidor”, que acontece no próximo dia 15 de março. Assim como a Black Friday, a data deixou de ser comemorada apenas em um único dia, e se transformou na “Semana do Consumidor” e até mesmo no “Mês do Consumidor”, pensando em expandir o impacto dos negócios não só para fins de vendas, mas para fidelização de clientes. Uma pesquisa realizada pelo UOL em parceria com a MindMiners revelou que 56% dos entrevistados pretendem aproveitar a data para comprar. O resultado mostra um crescimento, considerando que em 2021 essa porcentagem era de 49%. Esse é o quarto ano seguido em que os indicadores crescem, mostrando a importância dessa janela de oportunidade para o varejo, que pode funcionar como um termômetro do que vem por aí neste ano.
O mesmo estudo destacou que as compras omnichannel seguem fortes: 48% dos que responderam à pesquisa considera comprar tanto no on-line quanto no físico; 33% somente no virtual, e 18% apenas nas lojas físicas. O protagonismo do consumo híbrido reforça que essa é uma tendência que os consumidores esperam ver. “A cada dia fica evidente a força dessa nova jornada de compra. As adaptações feitas pelo comércio físico, que se viu tendo que ampliar canais o alcance para o on-line ao mesmo tempo em que mantinha o presencial funcionando, já se tornaram naturais aos olhos de quem compra. A população quer ter uma boa experiência em ambas as frentes, com a liberdade de escolher por onde começar ou terminar a jornada de consumo”, aponta Samuel Carvalho, gerente da vertical Mercado de Proximidade na Linx, especialista em tecnologia para o varejo.
Outro estudo, realizado pela plataforma de comércio eletrônico Shopee, revelou que 68% dos brasileiros têm a intenção de comprar na próxima data comemorativa pela primeira vez em 2022. As principais motivações para compra são: busca de itens desejados por um preço melhor (65%); e produtos de necessidade básica em preços promocionais (28%). Essa leva de “novos consumidores”, apesar do interesse por vantagens promocionais, podem ser cativadas por fatores extras. “Direcionar esforços apenas para promoções que visam descontos e nada mais não é o melhor caminho. Negócios – do comércio de bairro às grandes franquias – devem contar com a tecnologia para criar ações diferenciadas. Esse tipo de ferramenta torna possível – para além da criação de promoções -, a implementação de combos, descontos progressivos, vouchers, cashback, programas de fidelidade, brindes etc. É a demonstração prática de como manter o cliente no centro das estratégias possui peso ainda maior durante uma data criada para celebrá-lo”, pontua Carvalho.
O último Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), alcançou 77,9 pontos – o maior nível em 6 meses. Tal cenário aponta uma expectativa de que os brasileiros estejam mais seguros e mais propensos a consumir nos próximos meses – e garantir ao consumidor personalização e liberdade na experiência de consumo nesse momento é estratégico para o varejo. O mesmo estudo da Shopee citado anteriormente também mostrou que os métodos de pagamento mais buscados pelos clientes durante o Dia (ou semana/mês) do Consumidor serão: cartão de crédito, com 45% de preferência, seguidos do Pix (30%) e do boleto bancário (16%). Estabelecimentos que atualmente oferecem apenas um ou dois meios de pagamento poderão perder vendas, seja com atuais clientes ou com aqueles em potencial.
“Com um cenário propício e estimulante no varejo, as lojas precisam aproveitar o momento para oferecer boas experiências, personalização nas ofertas, e flexibilidade para entre a visita ao estabelecimento ou a retirada via delivery. Cabe ao varejista se preparar e não deixar planejamentos importantes para o último segundo”, finaliza o executivo da Linx.