Este é um artigo que aborda os principais aspectos da tecnologia – e, como consequência, dos softwares – que auxiliam na produtividade do varejista, esclarecendo terminologias e oferendo dicas de aplicações que não apenas melhoram o dia a dia das empresas, mas que também abrem caminho para a inovação. Para facilitar sua leitura, oferecemos aqui os links para os diversos tópicos abordados no conteúdo:
• Da automatização dos processos à inovação
• Produtividade: um varejo mais competitivo durante a crise e fora dela
• As vantagens do investimento em um software de ERP
• POS: a porta de entrada da loja
• Mobilidade e multicanalidade: o varejo omni channel
• Então, como escolher o melhor fornecedor de tecnologia?
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Quando se fala em rentabilidade no varejo, logo imagina-se milhões de maneiras e técnicas de vendas de produtos ou serviços para alcançar esse objetivo. Seja com estratégias e planejamento de vendas, trade marketing, foco comercial, treinamentos, ofertas, entre muitas outras possibilidades.
Mas, observando de perto, além de infinitas estratégias, o que une todos os famosos 4 “Ps” do varejo: Preço, Praça, Promoção e Produto? Onde há a convergência para estabelecer a harmonia entre todo o percurso do varejo – do fornecedor até a pós-venda?
São muitas perguntas e uma única resposta: tecnologia!
A tecnologia alia-se ao varejo por diversos meios, mas o mais presente no dia a dia dos estabelecimentos é o software. Um item básico para o funcionamento de qualquer segmento que acompanha toda a cadeia varejista.
Da automatização dos processos à inovação
A integração entre o varejo e os softwares surgiu na necessidade de acompanhar os processos e organizar os dados volumosos por parte das empresas varejistas, facilitando a gestão. Outro ponto importante foi a necessidade de estar sempre de acordo com a legislação vigente – países como o Brasil, com constantes mudanças, exigem um acompanhamento muito próximo de todas as leis referentes ao setor para garantir a completa adequação do negócio. E evitar custos indesejados com multas ou penalizações.
Com o tempo, à medida que as empresas percebiam que o uso de sistemas de gestão traziam benefícios para o setor, a TI ganhou espaço e a confiança dos usuários, gerando uma necessidade cada vez maior de produtos desenvolvidos para atender as demandas específicas do mercado varejista. Desde então, caminham juntos em busca de melhorias contínuas que se refletem diretamente na entrega ao cliente.
O uso da tecnologia da informação e os softwares nas suas diversas aplicações, como ERP ou CRM, por exemplo, tem propiciado ao varejo grandes oportunidades para concepção de novos modelos de negócio, pois este ambiente permite mudanças significativas na forma como ele pode atingir o seu objetivo: a venda de produtos e serviços para o consumidor final.
Ao prepararem-se para o mercado, as empresas de software perceberam que a evolução da tecnologia da informação para o varejo vinha como consequência. Um exemplo foi quando houve um aumento da presença digital aliado à consolidação do e-commerce e o varejista precisou se reestruturar e modernizar a gestão do processo. Se, no início, os investimentos em TI no setor foram destinados às atividades operacionais, hoje a história é outra. Eles fazem parte dos recursos de inovação das empresas.
Produtividade: um varejo mais competitivo durante a crise e fora dela
Um outro fator que aumentou a demanda tecnológica e de softwares para o varejo foi a competitividade. A busca constante por produtividade e eficiência nos processos, tanto internamente quanto externamente, gera uma grande demanda de tecnologia.
Entre os principais investimentos a automação das lojas é destaque pois não se resume apenas ao ponto de venda, mas também permeia todo o processo de integração dos fornecedores com diversas aplicações de ferramentas.
Com a automação, observou-se uma melhora no custo-eficiência de setores com um grande volume de transações – como é o caso do varejo. Desta forma, os esforços que demandavam trabalho e tempo passaram a flexibilizar outros custos que não eram absorvidos pela área de TI.
Neste novo ambiente, a habilidade de conectar os novos parceiros de negócio, fornecedores, clientes e processos dinamicamente passou a ser crítica para as organizações, gerando uma grande demanda de sistematização dos processos, traduzida na implementação de softwares cada vez mais completos.
Alguns recursos que os softwares oferecem para atender as necessidades funcionais, técnicas, fiscais e legais proporcionam a assertividade no desenvolvimento e dão suporte à expansão dos negócios. Conheça um pouco mais desse mundo de siglas e termos que auxilia as empresas em seu dia a dia:
– ERP (Enterprise Resource Planning): o mais fundamental de todos os softwares para empresas, o ERP consolida informações e processos, centralizando a operação do negócio;
– CRM (Customer Relationship Management): ferramenta de relacionamento com os clientes que antecipa as necessidades de mercado e potenciais de uma empresa;
– POS (Point of Sale) ou PDV: a tecnologia que é a porta de entrada do varejista;
– Mobilidade e multicanalidade: a necessidade da adaptação das ferramentas para as novas formas de consumo;
– Soluções em nuvem: acesso a informação de forma rápida e em qualquer lugar, pela internet.
As vantagens do investimento em um software de ERP
ERP é uma sigla que significa Enterprise Resource Planning, ou seja, planejamento dos recursos da empresa. E é exatamente esta a propostas dos softwares de ERP, integrar todos os dados e processos da empresa a fim de organizar as informações em um único sistema permitindo um planejamento mais abrangente de todos os itens que permeiam os recursos empresariais.
Todos os processos podem ser inseridos de forma sistêmica, sejam de finanças, contabilidade, recursos humanos, produção, marketing, vendas ou compras. Os sistemas de ERP permitem acompanhar a visão global dos negócios.
A adoção de um sistema de ERP na empresa provoca uma grande mudança na cultura, principalmente quando falamos de varejo. Entre as mudanças que o ERP proporciona em uma corporação está a maior confiabilidade nos dados em tempo real e diminuição de retrabalho.
A implantação de um novo sistema sempre vem com a provocação para se sair da zona de conforto. É importante salientar que a mudança na forma dos controles operacionais, apesar de alterar a rotina e até causar um certo trabalho para a adaptação, vem acompanhada de muitos benefícios, inclusive de mudanças culturais.
Mas a implementação de um ERP eficiente algumas vezes torna-se difícil, pois esbarra na questão do investimento. Geralmente, quanto mais completo o sistema desejado – e quanto maior a empresa – mais investimentos são necessários. Mas, se considerarmos que o sistema traz benefícios a médio e longo prazo, quanto mais ele estiver de acordo com as especificações do negócio, mais vantagens ele traz para a empresa.
Não se pode considerar o ERP um simples produto entregue para o uso de seu estabelecimento, por isso, é importante identificar o fornecedor como um parceiro permitindo um vínculo de aperfeiçoamento contínuo. O acompanhamento de novos recursos tecnológicos, mudanças no mercado (como o surgimento de novas formas de pagamento, por exemplo), ajustes pontuais referentes à legislação são a garantia de que a empresa de software está atenta às mudanças do mercado e aos novos recursos tecnológicos disponíveis.
Entender o comportamento do consumidor vai muito além das percepções do lojista, da mesma forma que o CRM é muito mais do que um simples software de armazenamento de dados.
O CRM (Customer Relationship Management) é uma ferramenta para conhecer o cliente e transformar a experiência dele com a marca. Para muitos empresários, é apenas o agrupamento de dados irrelevantes que servem para contabilizar a quantidade de consumidores, mas quem vê relevância nas informações encontra clientes. Isso porque entendendo qual a preferência de consumo, quais as promoções de maior saída e quais os itens mais desejados da marca, o empresário consegue estabelecer uma proposta muito mais objetiva para a loja.
Se considerarmos uma rede de lojas, por exemplo, esta estratégia torna-se muito mais abrangente com a assertividade da ferramenta de CRM. A gestão de clientes torna-se mais efetiva quando usamos os recursos para desenvolver campanhas, criar parcerias e trabalhar vantagens para clientes e fornecedores.
O CRM é uma ótima ferramenta para empresas e principalmente para o setor varejista. Com este recurso, é possível segmentar os clientes, planejar ofertas, antecipar estoques, criar relacionamentos duradouros com a marca e incrementar as vendas.
Na verdade, CRM em sua essência é uma estratégia de negócio com o foco no cliente. Ou seja, as ações da empresa ficam voltadas para as necessidades dos clientes, ao invés dos próprios produtos, englobando diversas áreas como marketing, vendas e serviços de atendimento.
Ao obter um CRM, em primeiro lugar é preciso observar se a proposta atende as necessidades dos negócios, qual o volume de dados será necessário e quais dados serão contemplados na coleta. Outras perguntas importantes são referentes à finalidade: o sistema é para tomada de decisão rápida? Ou para criar um relacionamento em longo prazo?
Utilizar software de gestão para varejo como o CRM é a certeza de ter em mãos uma estratégia completa para qualquer negócio, antecipar tendências e sair na frente da concorrência entregando o produto ou serviço que o consumidor deseja, com a melhor estratégia de preço, praça e promoção.
POS: a porta de entrada da loja
O POS (Point of Sale) ou, no Brasil, PDV, automatiza o caixa de uma loja. Hoje os sistemas de POS, além de registrarem as vendas, suportam o acompanhamento dos pedidos dos clientes, os processos de sistemas de cartões de crédito e débito, conectam-se a outros sistemas por meio de uma rede e geram relatórios. Aquele simples caixa que os clientes entendem como o ponto final de uma compra, para o varejista são o ponto inicial de uma cadeia de automação e a porta de entrada para o cliente entrar no sistema.
Cada vez mais os sistemas POS estão sendo disponibilizados pela internet. Esta mudança tem um propósito: os sistemas que são ligados via rede tornam a informação acessível à distância, facilitando a integração entre os dados de diferentes pontos de venda – físicos ou virtuais.
Em uma rede de franquias, por exemplo, o acompanhamento dos franqueados em tempo real auxilia na expansão e na captação de novos clientes. Como? Bom, ao entender como os clientes estão se comportando em cada um dos pontos de venda, as estratégias de vendas tornam-se assertivas, assim como a divisão de recursos vindos pela franqueadora.
O sistema geralmente contempla o planejamento de compras, lidera o controle de frente de loja, controla estoques em trânsito, comissão de vendedores, inventários, indicadores e até mostra em termos sucintos qual o relacionamento que a loja tem com cada cliente. Com todas essas informações automatizadas, sobra mais tempo para o relacionamento pessoal com o cliente.
O POS é responsável também por auxiliar os lojistas com as responsabilidades legais, como coleta de dados e emissão de notas fiscais, além de administrar as compras por cartão de crédito, débito e consultas de cheques.
Mobilidade e multicanalidade: o varejo omni channel
Se há pouco mais de 15 anos as redes varejistas pensavam em como a internet transformaria os negócios e em quanto tempo esta mudança levaria, hoje, esta percepção é muito mais ampliada. O varejista pensa em qual o próximo aplicativo que poderá ser lançado amanhã que irá transformar as vendas.
Quando se fala que os softwares de gestão para o varejo representam um relacionamento em longo prazo, não é exagero. Os sistemas costumam ser grandes inovadores em potencial, principalmente quando falamos de varejo.
A necessidade de fornecer recursos conforme a demanda de mobilidade dos consumidores redefine as experiências de compra nas lojas físicas, por isso, os softwares são grandes aliados dos lojistas na inovação.
Integrando recursos de mobilidade e vendas nos smartphones, por exemplo, obtém-se o PDV móvel. Permitindo consultas de tamanhos de peças ou consultas em estoque por meio de um tablet, surge o catálogo virtual. Podemos ver que a inovação e a mobilidade estão em pequenos detalhes que fazem uma grande diferença para o cliente, porém, os recursos precisam estar integrados com o restante dos sistemas da empresa para que as estratégias funcionem e contemplem os processos de forma efetiva.
Fala-se com certa frequência sobre os canais de venda. Hoje, os canais estão em todos os lugares. Da ponta do dedo a um espaço físico. A muticanalidade deve ser a característica mais marcante de uma loja hoje, pois não há mais espaço para dois canais da mesma marca trabalharem de forma dessincronizada. Se a marca é única, em todos os canais a percepção do consumidor deve ser a mesma.
Para tornar eficientes as estratégias de mobilidade e multicanalidade, a integração de informações é fundamental. Hoje, existem softwares que preenchem esta lacuna e integram todos os canais e pontos de acessos da marca, seja no mobile ou em um PDV físico, com as informações em tempo real e disponíveis na nuvem.
Assim como outras tecnologias, há apenas alguns anos, soluções em nuvem eram apenas uma tendência mencionada nas feiras mundiais. De lá para cá, a tecnologia evoluiu de maneira estrondosa, fazendo com que os recursos necessitassem ser acessados muito rapidamente e em qualquer lugar.
Por isso, os softwares de gestão para o varejo estão migrando para modelos disponibilizados na web. Se todos os dados forem integrados, as soluções em nuvem tornam o potencial de venda do varejista muito mais abrangente, facilitando a estruturação de estratégias imbatíveis de gestão.
Percebe-se que não se pode achar que a tecnologia é apenas coadjuvante no cenário varejista. Ela é protagonista!
Então, como escolher o melhor fornecedor de tecnologia?
Os fornecedores de softwares de gestão foram feitos para auxiliar e tornarem-se um parceiro de inovação do varejista. Como abordado no começo deste artigo, o relacionamento com os softwares é de longo prazo, por isso, uma escolha cuidadosa é fundamental para o futuro dos negócios.
Antes de contratar, avalie:
– A experiência com o segmento: quanto mais o fornecedor de software entender dos seus processos, melhor;
– Número de clientes atendidos no seu setor de atuação;
– Tempo de mercado;
– Estrutura para acompanhar as mudanças tecnológicas;
– Estrutura de atendimento de suporte e consultoria.
Seguindo essas dicas, fica muito mais simples automatizar seus negócios e inovar. Depois, é só focar nas vendas!
Fontes:
http://www.guiaempreendedor.com/
https://bibliotecadigital.fgv.br/
http://www.portalnovarejo.com.br/