E-commerce
Fórum ECBR 2023: confira os principais insights do evento
O Fórum ECBR 2023, realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo, nos dias 25, 26 e 27 de julho,
O reuso e a economia circular são fortes tendências para este ano. Digitalizar seu negócio é essencial para aproveitar bem essa oportunidade de reCommerce
Os negócios de moda e calçados cresceram e se globalizaram com base na ideia de vender cada vez mais produtos para seus clientes. O que acontecia depois da compra era outra história. O aumento da preocupação com os aspectos ambientais, porém, fez com que cada vez mais consumidores optassem pelo reCommerce, ou o uso de produtos de segunda mão – mais baratos e com menor impacto sobre a natureza.
A ideia do reCommerce é relativamente simples: adquirir produtos que já foram usados por algum tempo e que, depois de uma reforma ou ajuste, ganham longevidade. Por trás do conceito de economia circular, está a ideia de um consumo mais consciente e da reutilização dos recursos naturais. E esse conceito vem aparecendo no varejo de diversas formas:
Essa é uma tendência reforçada pela pandemia, que diminuiu a disposição dos clientes em frequentar lojas e aumentou a consciência ambiental de grande parte da população. Mas o reCommerce já vinha em alta mesmo antes do coronavírus: segundo a consultoria BCG, 25% dos consumidores em todo o mundo compraram pelo menos um item de segunda mão em 2019 e esse mercado responderá por algo entre 21% e 27% do varejo global de vestuário já em 2023.
E quanto mais se olha para o futuro, mais brilhante ele parece para o reCommerce: um relatório da thredUP com análises da Global Data afirma que o mercado de reuso está crescendo 11 vezes mais que o varejo tradicional de moda. Se continuar assim, a expectativa é que este segmento movimente US$ 84 bilhões em 2030, mais que o dobro do varejo de moda fast fashion.
No Brasil, o reCommerce é uma tendência muito forte para 2022. Entre os principais motivos para isso destacam-se:
Em todo o mundo, o mercado de reCommerce vem amadurecendo. A moda responde hoje por cerca de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa e sua cadeia de suprimentos tem sido relacionada a condições de trabalho difíceis e ao uso de produtos químicos na produção das roupas. Esses fatores, somados às mudanças do comportamento dos clientes, abrem oportunidades para aproveitar essa tendência e, ao mesmo tempo, gerar menos impacto ambiental.
Para aproveitar a tendência do reCommerce, o varejo de moda precisa estar atento a estes 4 fatores:
O pedigree de cada produto é cada vez mais relevante. Os consumidores desejam saber de onde vem o produto, quem o produziu e em que condições. Para oferecer essas informações, é preciso digitalizar toda a cadeia de suprimentos. Essa é uma tendência já presente em setores como alimentos, em que a rastreabilidade de carnes e perecíveis é uma realidade movida a tecnologias como blockchain.
O ciclo de reuso dos produtos depende da participação ativa dos consumidores, seja para vender itens usados, seja para comprar produtos de segunda mão. O varejo leva uma grande vantagem na logística reversa, que garante uma nova destinação para as roupas dos clientes. Em um modelo omnichannel, as lojas físicas podem receber os produtos e, depois de verificar seu estado, colocá-los à venda tanto no PDV quanto no e-commerce da marca.
O omnichannel representa uma grande oportunidade para envolver os clientes e apresentar uma melhor experiência de consumo. O mesmo estudo da thredUP mostra que mais consumidores consideram positiva a ideia de encontrar produtos novos e de segunda mão no mesmo espaço físico.
O varejo não precisa limitar a venda de produtos de segunda mão ao seu site e lojas físicas. Dependendo da estratégia de negócios, do posicionamento de mercado e do volume de produtos, pode fazer muito sentido estar presente em marketplaces especializados em itens de segunda mão ou em plataformas generalistas.
Nesse caso, o varejo que quer acelerar seu reCommerce precisa ser capaz de encontrar o cliente certo nas plataformas digitais. Uma estratégia de Ads bem desenvolvida é essencial para obter uma boa performance nas vendas via marketplaces.
O reCommerce é uma excelente oportunidade para aumentar as ocasiões de consumo dos clientes. E, quanto mais o cliente interage com a marca, mais informações o varejo tem sobre o comportamento do seu público. Com isso, consegue desenvolver melhores promoções, apresentar um mix de produtos mais interessante e definir ações de encantamento mais precisas.
Para ter sucesso no reCommerce, o varejo precisa acelerar a digitalização do seu negócio. Dessa forma, ele será capaz de otimizar seus estoques, aumentar o giro de produtos e proporcionar ofertas direcionadas e personaizadas para cada cliente.
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