reCommerce: como aproveitar essa tendência em 2022?

reCommerce: como aproveitar essa tendência em 2022?

O reuso e a economia circular são fortes tendências para este ano. Digitalizar seu negócio é essencial para aproveitar bem essa oportunidade de reCommerce

Os negócios de moda e calçados cresceram e se globalizaram com base na ideia de vender cada vez mais produtos para seus clientes. O que acontecia depois da compra era outra história. O aumento da preocupação com os aspectos ambientais, porém, fez com que cada vez mais consumidores optassem pelo reCommerce, ou o uso de produtos de segunda mão – mais baratos e com menor impacto sobre a natureza.

reCommerce como aproveitar essa tendencia em 2022

A ideia do reCommerce é relativamente simples: adquirir produtos que já foram usados por algum tempo e que, depois de uma reforma ou ajuste, ganham longevidade. Por trás do conceito de economia circular, está a ideia de um consumo mais consciente e da reutilização dos recursos naturais. E esse conceito vem aparecendo no varejo de diversas formas:

  • No início de 2022, a Prada, uma das principais grifes de luxo do mundo, decidiu doar os produtos usados em seus desfiles de moda para empresas dedicadas à economia circular e para instituições acadêmicas. Nos últimos dois anos, a empresa coletou 1,6 tonelada de peles sintéticas, 70 toneladas de madeira e 130 quilos de fibras de vidro para reuso;
  • Marketplaces como a americana thredUP e a brasileira Enjoei conquistaram uma comunidade de clientes e fãs com base na oportunidade de comprar produtos mais baratos e com menor impacto ambiental.

Essa é uma tendência reforçada pela pandemia, que diminuiu a disposição dos clientes em frequentar lojas e aumentou a consciência ambiental de grande parte da população. Mas o reCommerce já vinha em alta mesmo antes do coronavírus: segundo a consultoria BCG, 25% dos consumidores em todo o mundo compraram pelo menos um item de segunda mão em 2019 e esse mercado responderá por algo entre 21% e 27% do varejo global de vestuário já em 2023.

E quanto mais se olha para o futuro, mais brilhante ele parece para o reCommerce: um relatório da thredUP com análises da Global Data afirma que o mercado de reuso está crescendo 11 vezes mais que o varejo tradicional de moda. Se continuar assim, a expectativa é que este segmento movimente US$ 84 bilhões em 2030, mais que o dobro do varejo de moda fast fashion.

Por que o reCommerce é promissor para o varejo brasileiro?

No Brasil, o reCommerce é uma tendência muito forte para 2022. Entre os principais motivos para isso destacam-se:

  • Sustentabilidade: quem usa um produto até o final de sua vida útil diminui os impactos ambientais causados pelo descarte do material.
  • Economia: comprar um produto usado é mais barato que adquirir um item novo com a mesma qualidade. A inflação crescente e o aumento do custo de vida faz com que cada vez mais pessoas procurem produtos de segunda mão, com preços mais competitivos.
  • Slow fashion: a “moda lenta” é uma tendência no segmento e funciona como contraponto ao fast fashion. Assim, os adeptos do slow fashion procuram entender a origem dos produtos e aproveitá-los ao máximo.
  • Novos comportamentos: a Geração Z e os Millennials têm valores diferentes, que estão mais baseados em princípios do que no consumo desenfreado. Nesse caso, é mais importante respeitar o meio ambiente do que usar a nova coleção da marca badalada.

Como aproveitar a tendência do reCommerce?

Em todo o mundo, o mercado de reCommerce vem amadurecendo. A moda responde hoje por cerca de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa e sua cadeia de suprimentos tem sido relacionada a condições de trabalho difíceis e ao uso de produtos químicos na produção das roupas. Esses fatores, somados às mudanças do comportamento dos clientes, abrem oportunidades para aproveitar essa tendência e, ao mesmo tempo, gerar menos impacto ambiental.

Para aproveitar a tendência do reCommerce, o varejo de moda precisa estar atento a estes 4 fatores:

1) Digitalização da cadeia de suprimentos

O pedigree de cada produto é cada vez mais relevante. Os consumidores desejam saber de onde vem o produto, quem o produziu e em que condições. Para oferecer essas informações, é preciso digitalizar toda a cadeia de suprimentos. Essa é uma tendência já presente em setores como alimentos, em que a rastreabilidade de carnes e perecíveis é uma realidade movida a tecnologias como blockchain.

2) Presença ativa na logística reversa

O ciclo de reuso dos produtos depende da participação ativa dos consumidores, seja para vender itens usados, seja para comprar produtos de segunda mão. O varejo leva uma grande vantagem na logística reversa, que garante uma nova destinação para as roupas dos clientes. Em um modelo omnichannel, as lojas físicas podem receber os produtos e, depois de verificar seu estado, colocá-los à venda tanto no PDV quanto no e-commerce da marca.

O omnichannel representa uma grande oportunidade para envolver os clientes e apresentar uma melhor experiência de consumo. O mesmo estudo da thredUP mostra que mais consumidores consideram positiva a ideia de encontrar produtos novos e de segunda mão no mesmo espaço físico.

3) Atuação em marketplaces

O varejo não precisa limitar a venda de produtos de segunda mão ao seu site e lojas físicas. Dependendo da estratégia de negócios, do posicionamento de mercado e do volume de produtos, pode fazer muito sentido estar presente em marketplaces especializados em itens de segunda mão ou em plataformas generalistas.

Nesse caso, o varejo que quer acelerar seu reCommerce precisa ser capaz de encontrar o cliente certo nas plataformas digitais. Uma estratégia de Ads bem desenvolvida é essencial para obter uma boa performance nas vendas via marketplaces.

4) Mais dados sobre os clientes

O reCommerce é uma excelente oportunidade para aumentar as ocasiões de consumo dos clientes. E, quanto mais o cliente interage com a marca, mais informações o varejo tem sobre o comportamento do seu público. Com isso, consegue desenvolver melhores promoções, apresentar um mix de produtos mais interessante e definir ações de encantamento mais precisas.

Para ter sucesso no reCommerce, o varejo precisa acelerar a digitalização do seu negócio. Dessa forma, ele será capaz de otimizar seus estoques, aumentar o giro de produtos e proporcionar ofertas direcionadas e personaizadas para cada cliente. 

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