
Geração dos Millennials está mudando a maneira de pensar o consumo e as empresas.
Eles são ansiosos, buscam novidades a todo momento, não são fiéis a marcas a vida toda, não trabalham na mesma empresa por anos, estão o tempo todo conectados e priorizam as experiências que têm à posse de produtos. Essa geração, que já nasceu com acesso ao mundo digital, está transformando a forma de pensar a economia, o consumo e as relações de trabalho.
Segundo um estudo global realizado pela Goldman Sachs e divulgado pela Tetra Pak, uma das tendências desta geração é a busca por refeições (comidas e bebidas) rápidas e simples. Cerca de 41% dos respondentes disseram que estão dispostos a pagar mais por um produto que facilite as suas vidas, o que não significa aderir a junk food. Afinal, essa geração tem como foco a preocupação com a saúde e qualidade de vida. Outra característica é que eles querem ser mais sustentáveis – 53% afirmaram que gostariam de fazer mais pelo meio ambiente.
O levantamento também aponta que, por ser a primeira geração que tem contato com a internet desde a infância, os millennials são mais dependentes da tecnologia e conectados que qualquer outra geração. Mais de 84% deles têm smartphone e, com isso, esperam que as marcas estejam igualmente conectadas. Eles enxergam a atividade on-line como um importante complemento para o mundo off-line.
E se eles estão em contato online com os amigos e familiares, também se comunicam com empresas digitalmente. Ou seja, as companhias têm de estar preparadas para conversar com esses consumidores. Um dos motivos que levam as empresas a se atentarem a esse público é o potencial econômico. Quem nasceu em 1982 tem hoje 34 anos, idade em que muitos atingem cargos de liderança nas companhias e, consequentemente, aumentam o poder de compra em função de um salário melhor.
Novidades e gratificação instantânea
Quem nasceu depois de 1982 está acostumado a viver o novo, por isso, cada novidade tecnológica é tão bem recebida por esse público.
Para Jean Klaumann, VP de operações da Linx, uma conexão bem-sucedida com essa geração está ligada à capacidade de oferecer resoluções com o máximo de conveniência possível. “É a utilidade instantânea, como dizia Fred Wilson (capitalista de risco), que faz com que as pessoas baixem novos aplicativos a cada dia: um para pagar contas, outro para transferir dinheiro, e mais um para pagar o estacionamento. O sucesso dos apps está diretamente relacionado com sua capacidade de resolver problemas da forma mais rápida e intuitiva possível”, diz.
Multicanalidade e empoderamento
O fortalecimento da multicanalidade é a tendência mais visível para shoppings centers e seus lojistas. Segundo Klaumann, o shopping tem como seu maior objetivo os indivíduos que circulam por eles, e para monetizar isso é preciso primeiro conhecer seu público para depois conseguir agradá-lo. “Isso nem sempre significa fazer uma compra, pode ser apenas uma busca por algo que tenha sido comprado on-line. É preciso não apenas auxiliar o consumidor a localizar uma determinada loja, mas disponibilizar a ele todas as que vendem o produto que ele busca permitindo que a ordenação se dê por distância, promoção, relacionamento ou o que mais o consumidor preferir”, conclui.
Fonte e artigo completo: Revista Shopping Centers – Edição 204 – janeiro/fevereiro 2016