Bares e restaurantes
Primeiros passos para abrir um restaurante de sucesso
Abrir um restaurante é um sonho para muitos empreendedores apaixonados pela culinária e pelo serviço de alimentação. Considerando que, segundo
O Metaverso se tornou uma das grandes tendências do varejo mundial. Como aproveitar essa tendência em 2022?
O ano de 2022 começou com uma grande promessa no relacionamento com os clientes. A criação de experiências digitais imersivas em um universo paralelo (o Metaverso) não nasceu com Mark Zuckerberg, mas foi só o criador do Facebook dizer que esse será o caminho de sua empresa nos próximos 5 anos para o assunto entrar na pauta de todo mundo.
Mas o que é apenas barulho e o que realmente faz sentido quando o assunto é o Metaverso no varejo? É o que você vai descobrir a partir de agora.
Para falar de Metaverso, precisamos primeiro definir o que vem a ser isso. A ideia do Facebook é criar um universo digital paralelo, para o qual as pessoas irão para ter experiências, fazer compras, encontrar pessoas e tudo mais que podem fazer fisicamente. Essa visão, porém, não vai acontecer.
O ser humano é um ser social e prefere contatos pessoais. É por isso que o varejo físico voltou com força em todo o mundo assim que as restrições à circulação diminuíram – e é por isso que a variante ômicron se espalha tão rapidamente. Um cenário de filme de ficção científica em que as pessoas irão preferir ficar em casa e se relacionar com outras pessoas a partir de Realidade Virtual não vai acontecer tão cedo.
Da forma como existe hoje, o Metaverso usa uma série de tecnologias que já estão presentes no mercado há algum tempo. Realidade Virtual e Realidade Aumentada são discutidas como tendência há vários anos e o mercado de games vem crescendo muito e se tornando um canal importante de relacionamento e venda de produtos digitais.
Provavelmente vai, mas não da maneira como o Facebook propôs. Os avanços tecnológicos que virão nos próximos anos, impulsionados pela conectividade 5G e pela Internet das Coisas, criarão possibilidades incríveis e permitirão que a Realidade Virtual seja muito mais parecida com o mundo real.
A verdadeira oportunidade que o Metaverso oferece – e que o torna uma grande tendência para o varejo – está mais ligada a um outro conceito que está evoluindo há vários anos: o omnichannel.
O que todo consumidor deseja é a praticidade de comprar o que quiser, quando quiser, sem atrito. O Metaverso abre mais uma possibilidade de interação com os consumidores – especialmente com os mais jovens, que são ávidos por games.
Em um mundo omnichannel, não existem barreiras entre físico, digital e virtual. O consumidor que entra no site é reconhecido quando visita uma loja física – e o vendedor tem acesso aos produtos que o cliente viu no site anteriormente. Agora leve esse conceito para o Metaverso…
Em um Metaverso omnichannel, o consumidor poderá visitar uma loja virtual da sua marca dentro de um game e comprar produtos tanto para o avatar digital quanto para ele mesmo. A versão offline vai para a casa do cliente a partir da loja física mais próxima, usando o ship from store – que já é, hoje, uma das grandes ferramentas que o varejo possui para acelerar as entregas e melhorar seus processos logísticos.
Na Black Friday 2021, mais de 30% dos pedidos online foram despachados a partir da loja física mais próxima. E esse comportamento acontece em todas as datas comemorativas. O consumidor já abraçou o omnichannel como uma opção importante em suas jornadas de compra – e o Metaverso precisará fazer parte dessa jornada que o consumidor já desenvolve.
Todo varejista precisa, de alguma maneira, estudar como a ideia de um Metaverso virtual, conectado às lojas físicas e ao e-commerce, faz sentido para o seu negócio. Essa conexão pode acontecer de diversas maneiras:
Um caminho que já vem sendo seguido por várias marcas, da Nike à Gucci, é usar o Metaverso como um canal de marketing. Nessa visão, o foco é de longo prazo, participando do universo dos jovens consumidores e, desde já, preparando a próxima geração. Especialmente para as marcas de luxo, esse pode ser um caminho importante para que elas continuem a ser objeto de desejo.
Participar do Metaverso pode dar às marcas muitos insights sobre o comportamento de clientes. Uma loja de produtos reais no Metaverso pode dar pistas de onde estão os consumidores – assim como já acontece hoje com o e-commerce, que pode sinalizar as melhores regiões para novos PDVs.
Outro caminho é desenvolver produtos virtuais e usar o Metaverso como um espaço de experimentação. Se o produto “pegar” virtualmente, pode fazer sentido desenvolver uma versão “de verdade” para o consumidor comprar no mundo físico.
A criação de experiências relevantes de consumo é outra grande tendência do varejo global. Quanto mais o mundo se digitaliza, mais a loja física precisa entregar aquilo que não é possível obter no digital. Ao mesmo tempo, como o consumidor vai continuar gostando da ida à loja, os espaços virtuais precisam trazer encantamento e experiências que não sejam possíveis nos espaços físicos.
Explorar essa ideia leva as marcas a criar plataformas de gamificação. Todo o relacionamento se torna mais divertido – o que aumenta o engajamento com produtos, serviços e marcas.
O Metaverso também será usado como um mecanismo adicional de geração de fidelidade. Premiações, brindes e bônus podem ser dados nos ambientes virtuais, gerando mais dados sobre os clientes e levando a interações cada vez mais assertivas. O resultado é um entendimento melhor do que cada consumidor busca em cada momento de interação – e, com isso, relacionamentos mais relevantes.
Os caminhos do Metaverso no varejo ainda não estão definidos – e certamente muito do que vemos hoje não passará no teste do tempo. Mas toda empresa que pretende ser relevante para as próximas gerações de consumidores precisa estar atenta às possibilidades que o Metaverso traz para o relacionamento com os clientes e para a criação de experiências relevantes de consumo.