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Saúde mental é coisa séria – e o começo do ano é um bom momento para falar do tema dentro da empresa. Saiba como conscientizar sua equipe sobre o Janeiro Branco.
Janeiro é o mês da campanha nacional de conscientização sobre saúde mental. O Janeiro Branco é um período importante para lembrar que estresse e ansiedade não são coisas normais do pós-pandemia: são sintomas claros de que há algo errado com a saúde – e isso é um problema muito sério.
As estatísticas mostram o tamanho do problema: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), depressão e ansiedade causam anualmente cerca de US$ 1 trilhão em perdas para a economia mundial. Assim, investir em ações de melhoria da saúde e bem-estar mental dos colaboradores deveria ser uma prioridade – ainda mais considerando que, segundo o mesmo estudo da OMS, cada dólar aplicado em ações assim gera 4 vezes mais resultado em aumento de produtividade.
Uma pesquisa publicada pela Capita mostra que 79% dos trabalhadores se sentiram estressados no trabalho nos últimos 12 meses, 22% se disseram estressados com frequência e 47% consideram normal sentir estresse no trabalho. Em outras palavras, modelos tradicionais de trabalho têm causado danos à saúde mental dos colaboradores.
Adotar o mês de janeiro como o mês de conscientização sobre saúde mental foi uma iniciativa do psicólogo mineiro Leandro Abrahão, em 2014. Nesse sentido, guarda semelhanças com ações como o Outubro Rosa ou o Novembro Azul: é um tempo para falar sobre um tema importante e que, por preconceito ou desconhecimento, nem sempre tem o destaque necessário.
E por que o mês de Janeiro Branco? Porque tradicionalmente é um período de projetar os próximos meses e tirar um tempo de descanso. Como o equilíbrio entre pessoal e profissional, entre casa e trabalho, é essencial para o bem-estar mental, faz muito sentido destacar o tema no primeiro mês do ano.
Nos últimos anos, muitos acontecimentos reforçaram a importância de cuidar da saúde mental. A pandemia colocou em xeque os padrões de comportamento das pessoas e mostraram que havia um desequilíbrio – muita gente teve dificuldade em lidar com o isolamento social. Além disso, casos de atletas de alto nível, como a ginasta americana Simone Biles (que abandonou a final olímpica de Tóquio), trouxeram questionamentos sobre até que ponto é válida a pressão a que somos submetidos. Vale para a atleta multipremiada, vale para o dia a dia no ambiente de trabalho.
Cuidar da saúde mental é cuidar para que as exigências e pressões da vida sejam bem administradas pelas pessoas. Esse é um daqueles casos em que o bem-estar do colaborador tem impactos positivos sobre toda a empresa. O estresse, a ansiedade e a dificuldade de lidar com as questões do dia a dia aumentam a irritabilidade das pessoas, o que afeta o humor das outras que trabalham com aquele profissional, geram aumento no consumo de álcool, cigarro e drogas (o que, por si só, traz danos à saúde), criam um ambiente de trabalho ruim e diminuem a produtividade das equipes.
Por isso, toda empresa que quer gerar um bom ambiente de trabalho precisa priorizar as ações de valorização do bem-estar mental dos colaboradores.
Cuidar da saúde mental é uma jornada a ser percorrida pelas empresas e seus colaboradores. Só é possível fazer esse cuidado se as práticas fizerem parte do dia a dia, de forma sistêmica – uma abordagem pontual não resolve o problema. Por isso, não adote o Janeiro Branco como uma ação única: considere esse período como o começo de um percurso para criar um ambiente de trabalho mais saudável na empresa.
Uma vez que a decisão de realizar um programa de saúde mental e cuidar dos colaboradores esteja tomada, é hora de colocar a mão na massa. Diversas ações diferentes precisam ser realizadas – de preferência de forma simultânea – para cobrir as diversas possibilidades de melhoria da saúde mental das pessoas.
Por isso, esteja atento à possibilidade de desenvolver iniciativas como:
Começando pelo básico, é preciso garantir que os profissionais tenham uma rotina de trabalho adequada. Isso significa trabalhar por um tempo consistente, que traga produtividade e eficiência, mas não seja excessivo. As jornadas de trabalho longas e sem pausa causam estresse, ansiedade e fadiga. É preciso ter momentos de respiro entre uma tarefa e outra, e períodos de mais pressão precisam ser contrabalançados por períodos mais leves.
Profissionais que trabalham sem confiança em si mesmos têm uma performance menor e não conseguem ter uma vida saudável. Em todo o mundo, trabalhar bem é uma espécie de “cartão de visitas” de quem aquela pessoa é – e quem atua em ambientes que prejudicam a confiança tende a ter problemas sérios de saúde.
Isso passa pela responsabilidade dos gestores em criar ambientes de trabalho que gerem confiança. Eles precisam criar ambientes acolhedores, em que os profissionais entendam que têm seu valor reconhecido e nos quais as críticas não são feitas de forma pessoal – e sim para a melhoria do trabalho.
Qualquer programa de saúde mental precisa levar em conta a cultura da empresa – e muitas vezes, acarreta mudanças nessa cultura. Ainda hoje, existem ambientes de trabalho tóxicos, em que longas horas de trabalho, competição desmedida, bullying e ofensas são consideradas “parte do jogo”.
A pandemia mostrou muito claramente que é possível e necessário criar ambientes de trabalho mais humanos, em que os profissionais possam se sentir acolhidos e tenham confiança em propor ideias e projetos sem medo de reações contrárias. Para que isso aconteça, é preciso avaliar a cultura da empresa – e muitas vezes retrabalhar conceitos e treinar gestores para mudar comportamentos tóxicos. No passado, esses comportamentos podem ter sido aceitos. Hoje, não mais.
Salário é importante, mas as pessoas trabalham melhor quando têm autonomia e são reconhecidas pelo resultado de seus esforços. Permitir que cada profissional tome decisões de acordo com a realidade de sua atividade empodera os times e aumenta o senso de responsabilidade. Dar autonomia e reconhecer os esforços gera comportamentos positivos, melhora o ambiente e contribui para a saúde mental das equipes.
Em se tratando de saúde mental, cada caso é um caso. Por isso, a forma de abordar as questões de saúde mental é única em cada empresa. Faça uma pesquisa organizacional para entender como é possível evoluir. Realize pesquisas anônimas, para que os colaboradores se sintam mais à vontade para responder de forma sincera. Essa liberdade para responder livremente deve ser incentivada sempre. Por isso, os gestores precisam criar o hábito de buscar e oferecer feedback consistentemente.
Para realizar ações como o Janeiro Branco dentro das empresas, é preciso fazer um planejamento e ter um sistema de apoio para controlar e medir a efetividade das campanhas. Atualmente já existem softwares de gestão de RH para auxiliar nesse processo, como é o caso do Linx Humanus, que ajuda a desenvolver seu time de recursos humanos.
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