Bares e restaurantes
Primeiros passos para abrir um restaurante de sucesso
Abrir um restaurante é um sonho para muitos empreendedores apaixonados pela culinária e pelo serviço de alimentação. Considerando que, segundo
O futuro do varejo é ser híbrido, que utiliza o digital para conquistar novos espaços e criar oportunidades de relacionamento com os consumidores
A forte digitalização do varejo na pandemia e as mudanças do comportamento dos consumidores mudaram o cenário das vendas. Se até recentemente o e-commerce caminhava paralelamente às lojas físicas, crescendo um pouco a cada ano, em 2020 ele passou a ser considerado a tábua de salvação para lojas que precisaram fechar as portas. Em 2021, ficou claro que o consumidor não voltaria ao comportamento pré-crise. E agora?
Agora é hora de o varejo criar seu futuro. Um futuro que não é analógico, mas que também não acontece longe do ponto de venda. O futuro do varejo é ser cada vez mais híbrido.
De acordo com o estudo “El futuro de retail 2021-2025”, realizado pelo Google e pela Euromonitor em 6 países da América Latina (incluindo o Brasil), as vendas omnichannel deverão crescer 90% nos próximos cinco anos e representarão 75% do aumento total de vendas do varejo. Assim, um ponto é claro: quem não for omnichannel terá muito mais dificuldade de crescer.
Isso acontece porque o mesmo estudo mostra que 67% dos consumidores não se importam se compram online ou offline, desde que obtenham o produto que desejam. Para atender a esses clientes, será preciso transformar as lojas. O varejo físico não morreu: o que vai desaparecer são as lojas que não se transformarem.
Para ter sucesso em um futuro cada vez mais digitalizado, a loja física precisa assumir uma série de novos papéis para atender melhor os clientes e participar de mais momentos da jornada de consumo:
A digitalização do consumo deixou claro que, se o cliente não tiver um bom motivo para ir à loja, ele irá preferir comprar online. Por isso, um dos caminhos para o sucesso do varejo físico daqui em diante está em oferecer aquilo que o online não consegue entregar: experiência, interação, contato.
A loja física que deseja ter vida longa precisa incorporar recursos digitais, como Realidade Aumentada e consulta ao estoque de toda a rede. Também precisa ir além dos produtos e entregar ambientações que tirem o cliente do cotidiano e ofereçam alguns minutos de férias por dia.
A loja física tem um papel imbatível na cadeia de distribuição de produtos. Ela é o ponto mais próximo do cliente. Dessa forma, varejistas que aproveitarem a proximidade da loja para oferecer entrega super-rápida estarão em vantagem. Esse é um caminho que já vem sendo trilhado pelo grande varejo omnichannel – e precisa estar na estratégia de todo o varejo.
Em um negócio que atua de forma integrada, a loja física é o ponto de contato mais próximo do consumidor. Ao adotar gestão de estoques em tempo real e integração com o e-commerce, o novo PDV pode cuidar da entrega dos pedidos em questão de minutos, o que aumenta a competitividade de todo o negócio.
O ponto de venda pode se transformar em um ponto de veiculação de mídia para parceiros comerciais. Em uma visão mais ampla, ele também pode cuidar das entregas de pedidos de terceiros naquela região. É o mesmo conceito de um marketplace, mas aplicado ao mundo físico.
Seja como mídia, seja como prestador de serviços de entrega na vizinhança, a loja física passa a ter novas fontes de receita, o que aumenta sua viabilidade financeira, amplia seu uso e, com isso, torna o negócio mais lucrativo. Especialmente para segmentos de varejo que operam com margens apertadas, como os supermercados, reposicionar a loja como um marketplace físico pode fazer muito sentido.
A loja também pode ser utilizada pelo consumidor para receber uma série de serviços que seriam impossíveis ou, pelo menos, muito difíceis no mundo digital. Do cabeleireiro à consultoria em moda, passando pela assistência técnica, cursos e degustações, existem muitas oportunidades para que as lojas físicas aumentem sua presença no dia a dia dos clientes.
Para que isso aconteça, porém, a loja precisa estar atenta às demandas de seu público. O uso intensivo de dados é o que permite que os negócios criem propostas que façam sentido para o público de uma determinada região. Seja por meio de parceiros, ou a partir de seus próprios esforços, essa customização das lojas segundo as demandas do entorno aumenta a relevância da loja física.
O futuro do varejo não está no negócio de vender produtos – seu negócio é atrair a atenção do consumidor e monetizar essa atenção. Uma forma de fazer isso é transformar o espaço físico da loja em um ponto de encontro da população do entorno. Por meio de cursos, eventos, shows, palestras e afins, a loja física pode se posicionar como um local que atende às necessidades culturais do seu público.
Nessa proposta, a loja física expande seu alcance muito além dos produtos. Para que isso aconteça, ela precisa alinhar os eventos ao seu propósito e valores. E isso dá autoridade para combinações inusitadas, como uma marca de perfumaria focada em sustentabilidade falando sobre alimentação saudável, ou um supermercado gerando debates sobre a prática de atividades físicas para o bem-estar mental.
Esses exemplos mostram que existem caminhos para que a loja física tenha um papel relevante para os consumidores nos próximos anos. Só que, para isso, aquele PDV convencional, que abre as portas e espera os consumidores com produtos, preços e atendimento genéricos, precisa mudar completamente. No futuro, a loja física tem muito espaço – o que não tem vez é aquela loja chata, analógica e que não conhece seus clientes.