E-commerce
Fórum ECBR 2023: confira os principais insights do evento
O Fórum ECBR 2023, realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo, nos dias 25, 26 e 27 de julho,
Após dois anos acontecendo virtualmente, a 13ª Edição do Fórum E-Commerce Brasil volta a movimentar o mercado do comércio eletrônico com tendências e insights
Com o constante crescimento do e-commerce no Brasil, uma das alternativas para acompanhar as novidades do mercado é participar de eventos e feiras corporativas sobre o assunto. Depois de uma série de palestras do primeiro dia do Fórum E-Commerce Brasil, hoje aconteceu o segundo e último dia de debates sobre o futuro do comércio eletrônico.
O evento, que aconteceu no espaço Transamérica Expo Center, em São Paulo, contou com mais de 200 expositores e 30 palcos de conteúdo simultâneos. A 13ª Edição do Fórum E-Commerce Brasil foi marcada por corredores e estandes lotados e muita interatividade entre grandes marcas e empresários brasileiros.
Se você não conseguiu participar do segundo dia ou do evento como um todo, vamos te apresentar as principais tendências:
Os consumidores têm comportamentos diferentes ao longo da jornada de compra. Sendo assim, é importante entender o perfil de cada cliente durante as diferentes etapas desse processo. Na palestra do Felipe Mendes, general manager da GFK, foram apresentados diversos tipos comportamentais de clientes e alguns dados relativos a eles:
O palestrante também comentou que existem alguns pontos que os lojistas digitais devem prestar atenção:
Responsável por gerenciar o Facebook, Instagram e Whatsapp, a Meta organiza a maneira que esses canais de mensagens são usados ao redor do mundo. A empresa percebeu que apenas comunicar não é mais um diferencial, e agora está aprimorando a plataforma para conectar os consumidores com as marcas.
De acordo com André Sabioni, head of industry da Meta (Facebook), as mensagerias podem concluir a venda pelo canal ou direcionar o cliente para outra página. Por exemplo, o Facebook e o Instagram têm algoritmos que levam as empresas até o lead. O palestrante comentou que mais de 1 bilhão de mensagens são trocadas entre pessoas e empresas por semana. E também compartilhou que 86% dos compradores online que usam as tecnologias Metas semanalmente compraram produtos de moda, beleza, mobiliário ou eletrônicos de consumo que descobriram dentro da plataforma.
Sabioni ainda explicou que o objetivo da empresa é transformar o universo de compras para 150 milhões de pessoas que estão dentro da Meta através das mensagerias.
Muitos são os desafios das empresas que buscam comercializar os produtos no mercado internacional. Para Isabela Chusid, CEO da Linus, e Marcel Martins, head of digital da Farm Global, existem duas demandas fundamentais para começar a internacionalização: a logística e os processos fiscais. Além disso, eles comentaram que o perfil sustentável dos produtos é um grande atrativo para os clientes internacionais.
Outro ponto importante comentado pelos palestrantes é a forma de comunicação dos produtos. Para eles, é preciso adaptar a mensagem do produto à cultura do país – a comunicação deve ser voltada para o comportamento de compra do estrangeiro.
Pensando em ajudar os comerciantes que buscam vender seus produtos lá fora, eles compartilharam algumas dicas:
O uso do aplicativo de mensagem Whatsapp representa 30% das vendas da loja Via Varejo. Segundo o CTO da empresa, Edson Tavares, esse canal visa proporcionar uma boa experiência do cliente, assim como uma interação completa desde a venda até a entrega do produto.
Atualmente o cliente só quer comprar, pagar, receber o produto e, em caso de problema, resolver tudo com uma boa experiência. Para Tavares, o uso da tecnologia é fundamental para o negócio acontecer. Hoje, a Via Varejo tem um time de User Experience (UX) fazendo benchmark o tempo todo e, com isso, a empresa estuda os clientes e desenvolve estratégias que impactam a jornada de compra deles.
A Via Varejo hoje coloca o cliente no centro de todas as iniciativas para entender o que é melhor para ele. Para Tavares, o importante é ter em mente que UX não termina nunca. É uma evolução constante.
A transformação digital no setor da moda funciona para Paulo Matos, diretor geral da Tommy Hilfiger Brasil, como previsão do comportamento de compra, organização das demandas e o surgimento de diversificação de produtos. Para ele, a moda é um costume de um determinado grupo em um determinado tempo. Por isso, quando se planeja um lançamento de uma coleção, o marketing vai além do omnichannel.
Há seis meses, a Tommy Hilfiger Brasil está no processo de criação de uma coleção. Durante esse período, a equipe de marketing já analisa como será feita a comunicação, o visual merchandising da loja, e desenvolve narrativas de vendas e assets antes da entrega. Assim, todos falam a mesma língua, tanto o físico quanto o digital.
Durante a palestra, Matos destacou os passos que foram realizados durante esse planejamento: captura e análise de dados, revisão e implementação de processos e preocupação com pessoas.
Para a Tommy Hilfiger Brasil, uma marca é uma mensagem.
Outro dado que Matos trouxe ao Fórum E-Commerce Brasil foi que a Tommy Hilfiger Brasil foi a primeira a trazer o metaverso aplicado à moda. A empresa usou a plataforma Spatial e desenvolveu um desfile de moda com avatares. “Precisamos fazer o que faz sentido para o nosso negócio, não o que o vizinho está fazendo. O digital veio para ficar, mas nosso negócio precisa ser protagonista nesse desenvolvimento”, disse o diretor geral da marca de roupas.
Você sabe o que significa a sigla DNVB? O conceito ainda não é conhecido por todos , mas DNVB’s (Digitally Native Vertical Brands) são marcas verticais nativas do ambiente digital. Essas empresas nasceram no comércio eletrônico, por isso não precisam transformar o próprio negócio.
O CEO da Forever Liss, Roni Magalhães, que é uma empresa DNVB, contou como surgiu a marca e mostrou como ela se posiciona no mercado.
Durante a palestra, Magalhães também apresentou os esforços que a marca faz para estar em vários canais do varejo, tanto online quanto físico. De acordo com o CEO da Forever Liss, uma dessas ações de integração das lojas foi a campanha “Me Patrocina”, lançada este ano e que teve mais de mil inscrições. Além de influenciadores digitais, eles fizeram divulgações nas lojas físicas para alavancar o projeto. Os resultados dessa ação surpreenderam: foram mais de mil inscrições em poucas horas. “É muito legal ver como as ações acontecem muito rápido e têm retorno imediato” comentou.
Outra ação de marketing que eles desenvolveram foram as lives commerces. A Forever Liss acredita que público não quer ver só uma live com produtos, mas sim entretenimento, informação e relacionamento. “Nossas ações trazem conteúdos educativos. Mais do que vender produtos, nós explicamos o motivo de usar aquela linha. Falamos sobre ativos, funções, cronograma capilar, opções de tratamento e dicas de penteados. Divulgamos o nosso conteúdo porque é o que nos valoriza. Em vez de olhar a grama do vizinho, reforçamos o nosso posicionamento e a nossa verdade com o cliente”, disse o CEO da Forever Liss.
Os hábitos e preferências de consumo estão mudando. A geração Z, por exemplo, tem um potencial de consumir 360 bilhões de dólares por ano. Diferente das gerações Y e Millenium que não utilizam as tendências, mas criam. Esse público utiliza da tecnologia para criar comunidades e fomentar tendências para serem vistos, ouvidos e respeitados.
Para João Branco, CMO Brasil e VP de marketing no McDonald’s, essa geração mais jovem tem a necessidade de expressar a criatividade e, por isso, as marcas entendem esse comportamento e começam a fazer parte desse grupo.
Com a transformação no modo de consumir, Branco explicou em sua palestra que o McDonald’s precisou se posicionar no mercado, não como entrega de comida, mas de momentos de experiência.
Além disso, a empresa de fast food entendeu como aproveitar os dados do cliente e desenvolveu estratégias para atraí-los. Por exemplo, eles começaram a disparar cupons dos produtos preferidos, nos momentos em que o cliente está acostumado a pedir.
Para o CMO, as marcas precisam aproveitar os dados das interações com os usuários, os dados de mercado, hábitos, preferências que nascem engajadas com o mundo virtual, e desenvolver ações comerciais a partir disso.
Outro exemplo de como o Méqui usou os dados a seu favor foram nesses últimos dez anos. Segundo a empresa, houve uma redução de 38% de novas CNHs, o que fez o McDonald ‘s entender que a nova geração não quer ter carro. Diante disso, eles criaram o Drive Tudo, campanha que mostra que você pode pegar seu lanche com qualquer meio de transporte.
Os negócios da pandemia foram impactados, tanto no meio físico quanto no digital. De acordo com João Appolinário, fundador e CEO da Polishop, durante esse período as empresas precisaram ser mais rápidas que os concorrentes na produção de novos produtos.
O palestrante explicou que o escritório de desenvolvimento dos produtos da empresa fica na China, porque lá o processo de patentes é mais rápido e é onde os melhores fornecedores estão. Assim, eles conseguem desenvolver seus produtos de acordo com a demanda do mercado e antes da concorrência.
A preocupação da Polishop é sempre entregar produtos com qualidade de forma rápida. Eles se preocupam com a inspeção da produção, com o preço e os benefícios. Mas isso não significa que eles não sofreram com a recessão por causa da pandemia. No segundo semestre do ano passado, faltaram produtos da categoria de ginástica e foi necessário adquirir uma fábrica em Manaus, por conta de problemas com fornecedores.
Para Appolinário, diante desse momento difícil, foi preciso entender a margem de lucro da empresa – respeitando o custo, o preço de venda e o cliente. A Polishop não quer só vender o produto, ela quer vender benefícios.
Agora que você está por dentro das principais novidades apresentadas no Fórum E-Commerce Brasil, o que acha de começar a colocá-las em prática?
Conheça a Linx Digital e veja como a nossa tecnologia pode impulsionar o seu negócio online!