Fórum E-Commerce Brasil 2022: confira as novidades do segundo dia!

Fórum E-Commerce Brasil 2022: confira as novidades do segundo dia!

Após dois anos acontecendo virtualmente, a 13ª Edição do Fórum E-Commerce Brasil volta a movimentar o mercado do comércio eletrônico com tendências e insights

Com o constante crescimento do e-commerce no Brasil, uma das alternativas para acompanhar as novidades do mercado é participar de eventos e feiras corporativas sobre o assunto. Depois de uma série de palestras do primeiro dia do Fórum E-Commerce Brasil, hoje aconteceu o segundo e último dia de debates sobre o futuro do comércio eletrônico. 

O evento, que aconteceu no espaço Transamérica Expo Center, em São Paulo, contou com mais de 200 expositores e 30 palcos de conteúdo simultâneos. A 13ª Edição do Fórum E-Commerce Brasil foi marcada por corredores e estandes lotados e muita interatividade entre grandes marcas e empresários brasileiros. 

Se você não conseguiu participar do segundo dia ou do evento como um todo, vamos te apresentar as principais tendências:

1 – Comportamento online de consumo

Os consumidores têm comportamentos  diferentes ao longo da jornada de compra. Sendo assim, é importante entender o perfil de cada cliente durante as diferentes etapas desse processo. Na palestra do Felipe Mendes, general manager da GFK, foram apresentados diversos tipos comportamentais de clientes e alguns dados relativos a eles: 

  • 29% dos clientes com perfil receptivo digital ouvem comentários e recomendações online de personalidades e influencers; 
  • 71% falam com amigos e familiares sobre o produto após a compra; 
  • 30% compram mercadorias para uso pessoal e também para o uso no trabalho; 
  • 58 % compram para substituição de algum produto quebrado ou obsoleto; 
  • 48% dos consumidores pesquisam ON e OFF.

O palestrante também comentou que existem alguns pontos que os lojistas digitais devem prestar atenção: 

  • “O que nos trouxe até aqui, antes e durante a pandemia, não irá nos levar para onde queremos. É um novo país, um novo ambiente de compra”;
  • Atenção à “Síndrome da Selfie”. A otimização da audiência se dá não apenas conhecendo o que ocorre no seu site, mas em toda jornada. 

2-  Soluções de mensageria 

Responsável por gerenciar o Facebook, Instagram e Whatsapp, a Meta  organiza a maneira que esses canais de mensagens são usados ao redor do mundo.  A empresa percebeu que apenas comunicar não é mais um diferencial, e agora  está aprimorando a plataforma para conectar os consumidores com as marcas. 

De acordo com André Sabioni, head of industry da Meta (Facebook), as mensagerias podem concluir a venda pelo canal ou direcionar o cliente para outra página. Por exemplo, o Facebook e o Instagram têm algoritmos que levam as empresas até o lead. O palestrante comentou que mais de 1 bilhão de mensagens são trocadas entre pessoas e empresas por semana. E também compartilhou que 86% dos compradores online que usam as tecnologias Metas semanalmente compraram produtos de moda, beleza, mobiliário ou eletrônicos de consumo que descobriram dentro da plataforma. 

Sabioni ainda explicou que o objetivo da empresa é transformar o universo de compras para 150 milhões de pessoas que estão dentro da Meta através das mensagerias. 

E-commerce Brasil 2022

3 – Internacionalização de empresas

Muitos são os desafios das empresas que buscam comercializar os produtos no mercado internacional. Para Isabela Chusid, CEO da Linus, e Marcel Martins, head of digital da Farm Global, existem duas demandas fundamentais para começar a internacionalização: a logística e os processos fiscais. Além disso, eles comentaram que o perfil sustentável dos produtos é um grande atrativo para os clientes internacionais.

Outro ponto importante comentado pelos palestrantes é a forma de comunicação dos produtos. Para eles, é preciso adaptar a mensagem do produto à cultura do país –  a comunicação deve ser voltada para o comportamento de compra do estrangeiro. 

Pensando em ajudar os comerciantes que buscam vender seus produtos lá fora, eles compartilharam algumas dicas:

  • Busque um parceiro que possibilite você expandir;
  • Seja inteligente no investimento de recursos; 
  • Tenha uma demanda para validar o produto; 
  • Lembre-se: você vai precisar de alguém que se dedique ao negócio fora do Brasil. 

4 – Design orientado à experiência do cliente

O uso do aplicativo de mensagem Whatsapp representa 30% das vendas da loja Via Varejo. Segundo o CTO da empresa, Edson Tavares, esse canal visa proporcionar uma boa experiência do cliente, assim como uma interação completa desde a venda até a entrega do produto. 

Atualmente o cliente só quer comprar, pagar, receber o produto e, em caso de problema, resolver tudo com uma boa experiência. Para Tavares, o uso da tecnologia é fundamental para o negócio acontecer. Hoje, a Via Varejo tem um time de User Experience (UX) fazendo benchmark o tempo todo e, com isso, a empresa estuda os clientes e desenvolve estratégias que impactam a jornada de compra deles. 

A Via Varejo hoje coloca o cliente no centro de todas as iniciativas para entender o que é melhor para ele. Para Tavares, o importante é ter em mente que UX não termina nunca. É uma evolução constante. 

5 – Transformação digital no setor de moda

A  transformação digital no setor da moda funciona para Paulo Matos, diretor geral da Tommy Hilfiger Brasil, como previsão do comportamento de compra, organização das demandas e o surgimento de diversificação de produtos. Para ele, a moda é um costume de um determinado grupo em um determinado tempo. Por isso, quando se planeja um lançamento de uma coleção, o marketing vai além do omnichannel.

Há seis meses, a Tommy Hilfiger Brasil está no processo de criação de uma coleção. Durante esse período, a equipe de marketing já analisa como será feita a comunicação, o visual merchandising da loja, e desenvolve narrativas de vendas e assets antes da entrega. Assim, todos falam a mesma língua, tanto o físico quanto o digital. 

Durante a palestra, Matos destacou os passos que foram realizados durante esse planejamento: captura e análise de dados, revisão e implementação de processos e preocupação com pessoas. 

Para a Tommy Hilfiger Brasil, uma marca é uma mensagem. 

Outro dado que Matos trouxe ao Fórum E-Commerce Brasil foi que a Tommy Hilfiger Brasil foi a primeira a trazer o metaverso aplicado à moda. A empresa usou a plataforma Spatial e desenvolveu um desfile de moda com avatares. “Precisamos fazer o que faz sentido para o nosso negócio, não o que o vizinho está fazendo. O digital veio para ficar, mas nosso negócio precisa ser protagonista nesse desenvolvimento”, disse o diretor geral da marca de roupas. 

6- Momento DNVB

Você sabe o que significa a sigla DNVB? O conceito ainda não é conhecido por todos , mas DNVB’s (Digitally Native Vertical Brands) são marcas verticais nativas do ambiente digital. Essas empresas nasceram no comércio eletrônico, por isso não precisam transformar o próprio negócio. 

O CEO da Forever Liss, Roni Magalhães, que é uma empresa DNVB, contou como surgiu a marca e mostrou como ela se posiciona no mercado. 

  • A maior marca em DTC (Direct-to-Consumer);
  • No marketplace tem cerca 1,5 milhão de visitas/mês (2º maior do setor no MeLi);
  • Participação em mais de 20 marketplaces;
  • Mais de 750 mil clientes ativos;
  • Mais de 3% de conversão.

Durante a palestra, Magalhães também apresentou os esforços que a marca faz para estar em vários canais do varejo, tanto online quanto físico. De acordo com o CEO da Forever Liss, uma dessas ações de integração das lojas foi a campanha “Me Patrocina”, lançada este ano e que teve mais de mil inscrições. Além de influenciadores digitais, eles fizeram divulgações nas lojas físicas para alavancar o projeto. Os resultados dessa ação surpreenderam: foram mais de mil inscrições em poucas horas. “É muito legal ver como as ações acontecem muito rápido e têm retorno imediato” comentou.

Outra ação de marketing que eles desenvolveram foram as lives commerces. A Forever Liss acredita que público não quer ver só uma live com produtos, mas sim entretenimento, informação e relacionamento. “Nossas ações trazem conteúdos educativos. Mais do que vender produtos, nós explicamos o motivo de usar aquela linha. Falamos sobre ativos, funções, cronograma capilar, opções de tratamento e dicas de penteados. Divulgamos o nosso conteúdo porque é o que nos valoriza. Em vez de olhar a grama do vizinho, reforçamos o nosso posicionamento e a nossa verdade com o cliente”, disse o CEO da Forever Liss.  

7- A experiência do cliente até a entrega a domicílio

Os hábitos e preferências de consumo estão mudando. A geração Z, por exemplo, tem um potencial de consumir 360 bilhões de dólares por ano. Diferente das gerações Y e Millenium que não utilizam as tendências, mas criam.  Esse público utiliza da tecnologia para criar comunidades e fomentar tendências para serem vistos, ouvidos e respeitados. 

Para João Branco, CMO Brasil e VP de marketing no McDonald’s, essa geração mais jovem tem a necessidade de expressar a criatividade e, por isso, as marcas entendem esse comportamento e começam a fazer parte desse grupo.

Com a transformação no modo de consumir, Branco explicou em sua palestra que o  McDonald’s precisou se posicionar no mercado, não como entrega de comida, mas de momentos de experiência. 

Além disso, a empresa de fast food entendeu como aproveitar os dados do cliente e desenvolveu estratégias para atraí-los. Por exemplo, eles começaram a disparar cupons dos produtos preferidos, nos momentos em que o cliente está acostumado a pedir.

Para o CMO, as marcas precisam aproveitar os dados das interações com os usuários, os dados de mercado, hábitos, preferências que nascem engajadas com o mundo virtual, e desenvolver ações comerciais a partir disso. 

Outro exemplo de como o Méqui usou os dados a seu favor foram nesses últimos dez anos. Segundo a empresa, houve uma redução de 38% de novas CNHs, o que fez o McDonald ‘s entender que a nova geração não quer ter carro. Diante disso, eles criaram o Drive Tudo, campanha que mostra que você pode pegar seu lanche com qualquer meio de transporte.

8 – Protagonismo do vendedor de loja física no digital

Os negócios da pandemia foram impactados, tanto no meio físico quanto no digital. De acordo com João Appolinário, fundador e CEO da Polishop, durante esse período as empresas precisaram ser mais rápidas que os concorrentes na produção de novos produtos. 

O palestrante explicou que o escritório de desenvolvimento dos produtos da empresa fica na China, porque lá o processo de patentes é mais rápido e é onde os melhores fornecedores estão. Assim, eles conseguem desenvolver seus produtos de acordo com a demanda do mercado e antes da concorrência. 

A preocupação da Polishop é sempre entregar produtos com qualidade de forma rápida. Eles se preocupam com a inspeção da produção, com o preço e os benefícios. Mas isso não significa que eles não sofreram com a recessão por causa da pandemia. No segundo semestre do ano passado, faltaram produtos da categoria de ginástica e foi necessário adquirir uma fábrica em Manaus, por conta de problemas com fornecedores. 

Para Appolinário, diante desse momento difícil, foi preciso entender a margem de lucro da empresa –  respeitando o custo, o preço de venda e o cliente. A Polishop não quer só vender o produto, ela quer vender benefícios. 

Agora que você está por dentro das principais novidades apresentadas no Fórum E-Commerce Brasil, o que acha de começar a colocá-las em prática?

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