* Por Bruno Primati, diretor de Food na Linx, empresa especialista em tecnologia para o varejo.
O setor de food service no Brasil passa por uma transformação, impulsionada por diversos fatores que moldam a nova era do consumo, como a demanda por personalização, a cobrança das novas gerações pela sustentabilidade nas empresas e a integração dos canais físicos e digitais.
Segundo a 14ª Pesquisa Anual Setorial de Food Service 2024/2025, conduzida pela GALUNION para a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o mercado apresentou um crescimento de 15,6% no seu faturamento em 2024, com destaque para as franquias de alimentação, com 84% das redes reportando expansão no mesmo período. As projeções indicam que essa trajetória seguirá em ritmo acelerado, com avanço médio de 7% ao ano até 2028.
Para não ficar para trás, os restaurantes e redes de alimentação estão adotando estratégias omnichannel para oferecer uma experiência mais fluida e personalizada aos consumidores, alinhando-se às expectativas de um público cada vez mais digitalizado.
Esse conceito vai além de estar presente em múltiplos canais e passa pela necessidade de integrar todos eles — loja física, aplicativos próprios, marketplaces de delivery, autoatendimento e cardápios digitais — para oferecer uma experiência de compra unificada e conveniente, com o cliente recebendo o mesmo tratamento em qualquer lugar (seja físico ou digital).
Nesse contexto, o desafio não é apenas vender mais, mas garantir que o consumidor tenha uma experiência sem atritos na compra. A fluidez do atendimento, do pedido ao recebimento, é o novo fator de decisão que fideliza e atrai novos clientes.
Para as redes de alimentação, o omnichannel não é uma opção, mas uma estratégia de sobrevivência e crescimento. Ao investir em tecnologia para centralizar suas operações, as empresas ganham eficiência, otimizam a gestão de pedidos e ampliam sua capacidade de adaptação às tendências do mercado.
