Estoque: os desafios do planejamento e otimização

Estoque: os desafios do planejamento e otimização

As incertezas do pós-pandemia fazem com que planejar e otimizar o estoque do varejo omnichannel seja cada vez mais complexo. Saiba como resolver e vender mais

O planejamento e a otimização de estoque sempre foram alguns dos aspectos mais importantes da operação do varejo. Essa é uma área crucial para o resultado de qualquer negócio: tenha poucos itens dos produtos que vendem e você perde oportunidades; tenha muito dos itens que não vendem e você não só deixa de vender como também fica com dinheiro empatado. Níveis de estoque elevados demais significam oportunidades perdidas, pois o que foi investido na compra de estoque não pode ser trocado por outros produtos que passam a vender mais.

Em qualquer setor, a imensa amplitude do mix de produtos faz com que o varejo tenha o desafio de garantir, ao mesmo tempo, que os itens oferecidos nas lojas físicas e nos canais digitais:

  • Estejam em estoque e disponíveis no momento que o cliente desejar;
  • Possam ser entregues onde o consumidor solicitar, sem perda de qualidade;
  • Sejam separados rapidamente pelas equipes no PDV ou na logística para que o cliente seja atendido de forma satisfatória;
  • Sejam entregues rapidamente, dentro do prazo combinado com o consumidor.

estoque

Esse desafio existe nos supermercados, nas farmácias, no varejo de eletroeletrônicos, em vestuário, calçados… E, nos últimos dois anos, com uma complexidade extra: a pandemia, que trouxe inúmeras restrições de abastecimento e mudou o comportamento dos consumidores de maneiras inesperadas.

Uma nova forma de pensar a distribuição

O varejo omnichannel do pós-pandemia precisa lidar com uma questão que, mesmo na superfície, já se mostra complexa: atender consumidores onde eles quiserem, quando eles desejarem. Isso cria dificuldades extras para o planejamento de estoque, uma vez que não basta mais colocar os produtos nas lojas – agora, é preciso levar em conta a demanda online que é atendida por meio das lojas físicas para oferecer serviços como entrega em 30 minutos.

Antes da pandemia, o varejo tinha um nível mais que suficiente de estoque, mas a necessidade de espalhar esses itens em inúmeros pontos (PDVs, dark stores, Centrais de Distribuição, lojistas parceiros, e-commerce, marketplace) cria um dilema: fazer uma gestão centralizada e correr o risco de oferecer prazos de entrega muito elevados, ou então disponibilizar os produtos o mais próximo possível dos clientes e lidar com falta de produtos em alguns lugares e excesso em outros.

É aqui que entra uma nova forma de estruturar a distribuição de produtos. O planejamento e a otimização dos estoques precisam se basear em dados de vendas, tendências e fontes externas (como campanhas da concorrência, previsão do tempo e eventos sazonais) para melhorar a disponibilidade dos produtos – na hora certa, na quantidade certa, para entregar rapidamente para o consumidor em qualquer lugar.

Tecnologia a serviço do estoque

O caminho para conseguir esse ideal de nunca (ou quase nunca) ter ausência de produtos é o uso intensivo de tecnologia. Ao aliar Inteligência Artificial, analytics e inovações na distribuição, o varejo se torna capaz de planejar melhor, estocar na quantidade exata e colocar cada item no lugar correto na hora certa.

Um bom exemplo desse desafio é o setor de vestuário, em que os produtos são encomendados com 6 a 9 meses de antecedência e têm um prazo de validade curto. Além da necessidade de prever o que venderá no próximo semestre, é preciso conviver com um ambiente volátil, em que eventos como a pandemia ou um conflito militar podem dificultar o abastecimento de produtos.

O uso de sistemas preditivos, Inteligência Artificial e Analytics ajuda a resolver 4 grandes incertezas do planejamento e otimização de estoques no varejo pós-pandemia:

1) Ter estoque suficiente

Este é o ponto mais básico – mas que também vem sofrendo muito nos últimos dois anos. Assegurar que existem produtos suficientes para atender os clientes pode ser muito mais difícil em uma cadeia de suprimentos longa. A interrupção das operações em um porto chinês pode criar um “efeito borboleta” que faz os produtos chegarem tarde demais ao PDV, por exemplo. Ter alternativas é essencial – e por isso marcas próprias e cadeias de distribuição curtas, de produção local, ganharam espaço na estratégia comercial.

2) Dados confiáveis

Usar dados passados era um balizador de comportamentos futuros. Na pandemia, isso deixou de acontecer: saltos na venda de itens como álcool gel, medicamentos e máscaras talvez não se repitam mais – mas esses são os casos óbvios. Pode ser difícil identificar com precisão as mudanças de comportamento que continuam valendo e aquelas que ocorreram de forma excepcional. Curiosamente, a saída para isso é obter ainda mais dados – o varejo data driven não é uma tendência, e sim uma realidade.

3) Gestão omnichannel

Está claro que uma gestão omnichannel é essencial para entregar para o cliente o que ele quer, quando ele quer, do jeito como ele quer. Todo varejista deveria ser omnichannel, mas compreender as jornadas de compra dos clientes continua sendo um aprendizado para as empresas. Afinal de contas, questões como “onde estocar cada SKU para ter produtos disponíveis tanto para venda online quanto presencial” são mais difíceis do que parecem – ainda mais para varejistas que atuam com milhares de produtos.

4) Curto prazo x longo prazo

Esse é um dilema eterno, uma vez que sem resultados de curto prazo o futuro fica prejudicado, mas quem foca demais no presente pode estar despreparado para o que virá adiante. É preciso ter um olho no hoje (promoções, campanhas, ofertas, bater a meta do mês) e outro no amanhã (inovação, posicionamento estratégico, ESG).

Desenvolver cenários ajuda muito nesse processo. Assim, criando situações do tipo “o que aconteceria se…” o varejo consegue preparar caminhos para reagir rapidamente. E a capacidade de adaptação das empresas às mudanças do mercado será cada vez mais importante.

Novos formatos de negócio ajudam na gestão do estoque

Para lidar com essas transformações, o varejo precisa desenvolver novas modalidades de negócio. Afinal de contas, a solução depende de saber comprar, mas, principalmente, por colocar os produtos no lugar certo na hora exata. Para isso, esteja atento a recursos como:

1) Dark stores

As dark stores são lojas exclusivas para atender às operações online. Como podem ser instaladas mais próximas dos clientes, são uma solução importante para atender pedidos online rapidamente e gerar grandes resultados para o varejo. Seja transformando lojas convencionais em dark stores, adaptando uma parte do espaço antes ocupado por um PDV ou construindo pontos de distribuição do zero, esse é um modelo muito importante na estratégia de vendas do varejo. Especialmente para setores em que a entrega em minutos é essencial, como supermercados e farmácias, essa é uma estratégia a explorar.

2) Ship from store

O ship from store é a entrega de produtos a partir do estoque das lojas físicas. Esse modelo exige uma integração maior dos estoques, uma vez que os PDVs têm a dupla missão de vender produtos e apoiar a operação digital. Soluções de gestão omnichannel são essenciais para fazer esse modelo de negócios acontecer.

3) Catálogos digitais

Catálogos digitais de produtos podem turbinar as vendas das lojas físicas, já que aumentam o acesso dos clientes ao mix, ampliam a disponibilidade dos itens (que podem estar em um CD ou em outra loja) e criam mais momentos de interação com os clientes. Os catálogos digitais aumentam a possibilidade de personalização das promoções, apresentando itens diferentes para consumidores com perfis diferentes, e ainda evitam que o cliente saia da loja sem o produto que gostaria de ter. Com catálogos digitais, o varejo pode oferecer um sortimento mais amplo, mesmo que os itens não estejam fisicamente presentes.

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