O Brás Atacado foi criado em 2017 com o objetivo de agregar diversos lojistas da indústria têxtil; meta da empresa é faturar cerca de R$2 milhões nos próximos 12 meses
Após 15 anos à frente de diversos projetos no mercado de lojas virtuais, no qual se especializou no setor varejista, Leonardo Bellizia, de 38 anos, resolveu abandonar uma carreira bem sucedida para apostar em uma nova ideia: criar um marketplace de lojas de confecção da região do Brás.
A ideia fazia todo sentido. Durante todo o ano é comum ver comerciantes dos mais diversos pontos do país desembarcarem no local para comprar diversos itens de vestuário e acessórios para revenda.
“Este é um mercado bilionário e que ainda é pouco explorado pelo setor de tecnologia. O nosso objetivo é fazer com que esses pontos, que recebem milhares de pessoas todos os dias, também vendam por meio de outros canais, neste caso, o online. Só a região do Brás, por exemplo, fatura cerca de R$20 bilhões por ano. Tem um potencial enorme”, explica Leonardo.
Na prática, o Brás Atacado agrega diversos comerciantes que vendem produtos como roupas, bolsas, almofadas e outros artigos. Para atuar dentro da plataforma, a única exigência é que o lojista venda os produtos em quantidade. Além disso, o site não cobra nenhuma taxa para o empresário que quer começar a vender ou, no caso de quem já faz parte, para deixar de comercializar os itens.
“Decidimos não cobrar essas taxas. A rentabilidade do negócio vem da porcentagem por vendas realizadas dentro do nosso site. Hoje, já temos cerca de 10 empresas trabalhando com a gente e a previsão, até o final do ano, é que outras 20 estejam conosco”, explica.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor têxtil e de confecção deve registrar crescimento de 5,5% em 2018, alcançando um faturamento de R$152 bilhões.
“A nossa ideia não é ficar limitado apenas ao Brás. Outros pontos do país também contam com centros comerciais muito fortes e também queremos trabalhar com eles. Até a metade de 2019, pretendemos faturar cerca de R$2 milhões”, explica.
Desenvolvimento da plataforma
O tempo para desenvolver o site foi de um ano e um dos desafios encontrados por Leonardo foi o de encontrar um parceiro que entendesse a sua real necessidade. O mercado brasileiro ainda não está habituado ao conceito de marketplaces B2B, mas o empresário encontrou no Grupo DCG, por meio da plataforma Core, a solução para este problema.