E-commerce
Fórum ECBR 2023: confira os principais insights do evento
O Fórum ECBR 2023, realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo, nos dias 25, 26 e 27 de julho,
Principal data promocional do ecommerce brasileiro teve forte alta nas vendas durante todo o mês de novembro e reforçou escolha dos clientes por opções omnichannel
A Black Friday deste ano prometia ser a mais digital da História, e cumpriu a promessa. A forte digitalização do varejo brasileiro ao longo de 2020, em todas as categorias de produtos, mostrava que o consumidor, levado a comprar mais online por causa da pandemia, gostou do que viu. E, como gostou, continuou a comprar.
Números oficiais sobre a participação total do ecommerce no varejo brasileiro ainda vão demorar um pouco para sair, mas a Euromonitor e o Morgan Stanley estimam que a representatividade do online avançou de 7,2% em 2019 para 10,3% em 2020. Executivos do setor apontam um salto ainda mais expressivo, de 5% para 12%. Seja quais forem os números reais, o aumento da disposição do consumidor em comprar online é uma realidade.
Na Linx, a Black Friday mais uma vez bateu recordes. Em praticamente todos os indicadores houve um crescimento acentuado, em uma soma da disposição dos consumidores em comprar online, o cuidado do varejo em realizar promoções mais assertivas e a infraestrutura colocada à disposição dos clientes. Justamente a infraestrutura é que trouxe a única queda nos números da Black Friday: a indisponibilidade de sistemas ficou em zero.
Mesmo no momento de pico de acessos, em que foram registradas 3,9 milhões de requisições (acessos, cliques e visualizações vindos de todas as lojas, por qualquer dispositivo) aos servidores, a infraestrutura preparada para o evento deu conta do fluxo. O consumidor teve a garantia de que, em nenhum momento, sua experiência de compra seria prejudicada por lentidão nos sistemas.
Entre os 5 principais destaques desta Black Friday estão:
Neste ano, a Black Friday foi muito mais distribuída. Tanto o varejo físico quanto o online optaram por antecipar promoções para todo o mês de novembro, criando uma temporada promocional. Nas lojas físicas, a medida diminuiu as aglomerações. No ecommerce, reduziu o stress em uma única data e a possibilidade de instabilidades.
Considerando apenas a sexta-feira, 27/11, o valor total vendido (GMV) na Black Friday dos clientes Linx ficou 32% acima do ano passado. Analisando toda a semana, a alta foi de 60%. Já no mês de novembro como um todo, a expansão das vendas foi de 70%.
Esse crescimento em todo o mês se deveu à antecipação de promoções, às condições especiais oferecidas e ao grande investimento em mídia feito pelo varejo. Com o consumidor ainda reticente em sair de casa, o digital foi o grande canal de pesquisa e compras nesta Black Friday.
O tíquete médio durante a temporada de Black Friday foi de R$ 673, um aumento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2019. Excluindo a inflação, o número ficou estável, o que é bastante positivo diante do cenário econômico do País. O consumidor foi atrás de ofertas para fazer valer o seu dinheiro.
A Black Friday continua sendo a grande ocasião de compra de eletrônicos, mesmo com a expansão da data promocional para diversas outras categorias. Celulares (30%) foi a categoria mais vendida, seguida por eletrodomésticos (18%), TV (11%) e informática (10%). Esses quatro segmentos responderam por quase 70% das vendas na Black Friday 2020.
Entre os produtos mais procurados, a liderança também ficou com os celulares (27%), seguidos por tênis (11%), TVs (5%), geladeiras (5%) e fogões (4%). Somente na sexta-feira da Black Friday, o número de buscas por produtos chegou a 48 milhões, 19% mais que no mesmo período do ano passado.
A Black Friday 2020 não é somente a mais digital da História: também é a mais omnichannel até hoje. Os dados da Linx, com base nas vendas realizadas nas plataformas de seus clientes, mostram que houve um aumento de 69% no número de pedidos omnichannel em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano em que os consumidores estão saindo menos de casa, a conexão dos canais de venda deixou de ser um diferencial estratégico e passou a ser uma necessidade.
Embora o omnichannel como um todo tenha crescido, o uso de diferentes modalidades de integração de canais teve comportamentos diferentes. O “clique e retire”, que em 2019 havia sido o grande destaque, teve neste ano um recuo de 38% no número de pedidos. Claramente, o consumidor preferiu não sair de casa para retirar suas compras online, mesmo com o benefício do frete grátis. A modalidade de “clique e retire” representou 5% de todos os pedidos omnichannel.
Por outro lado, houve um forte crescimento do número de pedidos enviados a partir da loja mais próxima do cliente. Na Black Friday 2020, o ship from store saltou 142% na comparação anual e representou 63% de todos os pedidos omnichannel. Os benefícios dessa modalidade, como a redução do tempo de entrega e do custo de frete, estão claros tanto para os consumidores quanto para os varejistas.
Mesmo com os consumidores em casa devido à pandemia, o celular teve um papel essencial nesta Black Friday. Os dados da Linx mostram que 40% das vendas foram feitas a partir de dispositivos móveis, contra 29% no ano passado. Os consumidores perderam o medo de comprar pelo celular e o smartphone é, cada vez mais, o principal canal de relacionamento com as marcas.
Outro dado importante é o volume de vendas a partir dos aplicativos dos varejistas. Nesta Black Friday, 19% das vendas totais foram feitas nos apps das lojas: a oferta de promoções exclusivas para compras feitas no aplicativo incentivou os consumidores a fazer o download dos apps e utilizá-los em suas compras.
Os números da Linx mostram que a Black Friday deste ano consolidou tendências que já se desenhavam. Mais digitalizados, os consumidores fizeram valer seu poder de compra e utilizaram os recursos possíveis para esticar seus orçamentos. A infraestrutura do varejo suportou bem o forte crescimento, gerando boas experiências para os clientes e aumentando a confiança do consumidor na eficiência do ecommerce.