
Postos de combustíveis
Tecnologia: 7 estratégias para vender mais nos postos de gasolina
A tecnologia emerge como uma aliada poderosa na busca por eficiência operacional e, principalmente, para vender mais nos postos de
Entender esse processo é importante não somente para o consumidor, mas para o bom andamento do seu negócio
O preço final da gasolina e do diesel no Brasil é composto, basicamente, por quatro fatores, que explicamos neste artigo
O preço que os motoristas pagam na bomba é formado por uma série de fatores, e entender esse processo não é importante somente para o consumidor, mas também para o bom andamento do seu posto.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o diesel – que é o combustível mais consumido do País -, registrou crescimento de cerca de 1,4% em 2018 em comparação a 2017, enquanto a demanda por gasolina caiu 13,1%, provocando um crescimento na procura por etanol hidratado: as vendas do produto aumentaram 42,1% em 2018. Ou seja, fazer uma boa gestão desses combustíveis é fundamental para alcançar o sucesso do seu negócio.
Afinal, além de não deixar nenhum consumidor na mão pela falta de combustível, você ainda reduz custos ao planejar da melhor forma a entrada e saída do produto sem deixá-lo parado nos tanques por muito tempo, evitando excessos, perdas e acúmulos. A ideia é que você tenha o máximo de controle dessa atividade para destinar a fatia certa do seu capital para o reabastecimento nos momentos adequados.
Mas o que, de fato, compõe o preço da gasolina comum e do diesel, que estão entre os combustíveis mais vendidos no mercado? Veja, a seguir, tudo sobre o assunto.
Gasolina comum
Os postos repassam ao consumidor os custos existentes na cadeia do combustível. Portanto, o preço final da gasolina comum é composto, basicamente, por quatro fatores:
Outros fatores que influenciam diretamente no valor do combustível no País são a valorização do dólar e o encarecimento do petróleo no mercado internacional. Desde que a Petrobras mudou a sua política de ajuste de preços, as oscilações do câmbio impactam no preço da gasolina e do óleo diesel.
A variação do dólar perante o real influencia no preço do petróleo repassado à refinaria. Depois, ainda incidem sobre o preço do produto os impostos federais e estaduais, o valor das distribuidoras e revendedoras e, então, a partir disso, chegamos à última parte do preço comercializado nas bombas dos postos.
O preço da gasolina comum consumida no Brasil também leva em conta o preço do etanol anidro, que é adicionado à gasolina A para formar o combustível que pode ser encontrado nos postos do País, chamado gasolina C. Em cada litro do combustível, há 73% de gasolina A e 27% de etanol, que custa, em média, 11% do preço total da gasolina revendida aos motoristas.
Com base em informações da ANP, a média nacional de março de 2019 confirma que quase metade (44%) do preço gasolina é composto por impostos e, com isso, a soma dos tributos federais e estaduais que incidem sobre o valor da gasolina acaba sendo maior do que o custo do próprio combustível.
A formação do preço da gasolina ao consumidor final tem, em média, 29% de ICMS (recolhido pelos Estados), além de mais 16% de CIDE, PIS/Pasesp e Cofins (de competência da União). Veja, no exemplo a seguir, essas informações detalhadas:
Região Sudeste
Preço do produtor: R$ 1,15 (27,5% do valor final da bomba)
Mistura de 27% de etanol: R$ 0,56 (13,3%)
Custo de transporte: R$ 0,06 (1,3%)
Impostos federais (CIDE, PIS/Pasep e Cofins): R$ 0,65 (15,4%)
Imposto estadual (ICMS): R$ 1,29 (30,5%)
Margem da distribuição: R$ 0,17 (4,1%)
Margem da revenda: R$ 0,34 (8,0%)
Preço final na bomba: R$ 4,22
Diesel
O diesel é o principal combustível utilizado em caminhões no Brasil e, assim como o preço da gasolina comum, ele (independentemente do tipo) é formado pelos mesmos indicadores. Ou seja:
O preço cobrado pelo produtor (nas refinarias) ou pelo importador é somado ao custo do biodiesel (no caso do diesel, há um teor de 10% de biodiesel na mistura vendida aos consumidores), aos tributos (ICMS, CIDE, PIS/PAsep e Cofins) e às margens de lucro dos distribuidores e revendedores. Portanto, a única diferença é que a gasolina adiciona o etanol na sua composição e não o biodiesel.
Toda vez que um motorista abastece o seu veículo com óleo diesel no País, cerca da metade do preço final pago por cada litro corresponde à parcela cobrada pela Petrobras em suas refinarias. Em abril de 2019, a companhia respondia por 54% do preço cobrado aos consumidores, e os outros 46% somavam o valor dos impostos, as margens de revenda e a adição obrigatória do biodiesel.
Neste cenário, grande parte do valor do combustível é formado pelos impostos, de acordo com a ANP. Mas a carga tributária praticada no Brasil para o diesel é inferior à da gasolina, fazendo com que o preço final ao consumidor seja menor. Mesmo que os impostos federais que incidem na gasolina e no diesel sejam os mesmos, no caso do diesel, esses tributos somados correspondem a, aproximadamente, 30% do preço final do diesel. Enquanto que, para a gasolina, são 44%.
Na prática, um exemplo de impacto que o preço do diesel causou no País está relacionado à greve dos caminhoneiros, também conhecida como Greve do Diesel, que movimentou o segundo trimestre de 2018 e afetou não somente a logística, mas todos os setores da economia. A medida foi tomada devido à falta de qualidade das rodovias e ao alto preço do combustível. Foram 11 dias de paralisação, que drenaram boa parte da atividade econômica em maio e junho, mas os resquícios se estenderam até o terceiro trimestre do ano.