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Fórum ECBR 2023: confira os principais insights do evento
O Fórum ECBR 2023, realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo, nos dias 25, 26 e 27 de julho,
Inovação nem sempre é simples, mas é essencial para o sucesso. Saiba como aplicá-la corretamente em sua instituição de ensino.
As instituições de ensino particulares convivem com o desafio de inovar consistentemente para atender aos desafios que surgem dentro e fora da sala de aula. Métodos de ensino, uso de diversas tecnologias, presença maciça dos smartphones na sala de aula e na interação com alunos e responsáveis: o mundo muda sempre – e as escolas precisam se atualizar a todo momento.
Da educação básica ao ensino superior, as tecnologias educacionais inovaram o ensino e estão preparando os alunos para um futuro imprevisível. Inovar nas metodologias e ferramentas é importante, mas não pode ser considerada uma tarefa a ser realizada uma única vez. Em um mundo cada vez mais incerto e ágil, a transformação se torna a regra – e passa a ser necessário inovar constantemente.
Com isso, as escolas particulares precisam conduzir processos de inovação o tempo todo – a inovação deixa de ser uma missão de uma força-tarefa e se torna parte do dia a dia de administradores, colaboradores, professores e alunos. Mas como conduzir a inovação nas escolas particulares e, ao mesmo tempo, garantir boas experiências, atender às exigências dos órgãos de educação e abrir espaço para novas práticas?
Quando se fala em inovação, é comum pensar em ideias geniais que surgem aparentemente do nada e transformam processos, empresas e relacionamentos. Mas a realidade é muito diferente.
Inovar pode ser definido como “aplicar novas ideias para melhorar a forma como algo é feito na empresa”. Nessa definição bem ampla, a inovação pode estar relacionada a novas tecnologias, processos, sistemas e maneiras de gerar aumento de produtividade e eficiência.
É possível desenvolver processos que colocam a inovação em uma espécie de “linha de montagem”. Por mais que os negócios sejam diferentes e cada escola particular tenha suas próprias características, atuando nos mais diversos contextos, é possível contar com regras gerais.
De modo amplo, todo processo de inovação passa por estas 5 fases:
O primeiro passo do processo de inovação é identificar quais são os problemas que precisam ser corrigidos, ou o que o mercado está demandando e a escola particular ainda não possui. A partir daí, é necessário desenvolver o maior número possível de ideias para propor soluções.
Existem vários caminhos para desenvolver essa identificação de problemas e propor respostas, mas todos eles passam pela formação de equipes multidisciplinares. Contar com inputs de pessoas de diferentes áreas da organização faz com que a solução proposta considere vários pontos de vista. Essa diversidade de visões traz mais ideias e gera um número maior de ideias e ideias mais qualificadas.
Ter muitas ideias é um ótimo começo, mas é preciso fazer com que se extraia qualidade da quantidade. O processo de inovação precisa ter critérios objetivos para avaliar as ideias obtidas (“acho que não” ou “não gostei”, por exemplo, não são bons filtros). Evite ao máximo que opiniões e afinidades pessoais influenciem a seleção das propostas.
O processo de triagem das ideias deve considerar todos os aspectos da ideia, para que os pontos fortes e fracos sejam identificados, analisados e refinados. Esse processo permite que uma ideia continue a ser aperfeiçoada e que ideias ruins sejam eliminadas mais rapidamente.
É neste momento que as ideias pré-desenvolvidas passam por provas para verificar se são viáveis. Uma forma de provar os conceitos é desenvolver protótipos que tenham as características básicas do projeto. Com essa versão mais simples, a solução é testada para identificar se ela resolve o problema existente, se tem retorno maior que o investimento, se pode ser escalado e quais são os passos seguintes.
Uma grande vantagem do estágio de experimentação e prototipagem é a possibilidade de realizar melhorias com base em uma versão mais básica do sistema. Com isso, correções podem ser feitas em uma fase anterior, em que menos investimentos foram feitos. E, claro, se o protótipo não se mostrar tão positivo quanto o esperado, também pode ser a hora de partir para uma outra ideia.
Caso o protótipo traga resultados, é preciso refiná-lo e continuar a desenvolver a solução até colocá-la no mercado – e então investir na comunicação para mostrar aos clientes como essa solução resolve os problemas que foram identificados lá no início.
Quando esse processo de inovação é bem feito, o produto que chega à fase de comercialização atende a todas as necessidades dos clientes, consegue ser muito bem comunicado, encontra um espaço para ser usado, é visto como relevante e ganha escala.
Evidentemente, apenas uma pequena parte das ideias que surgiram lá na primeira fase da esteira de inovação chegará à fase de comercialização. É parte do jogo – e é preciso entender essa característica para ter sucesso ao inovar.
O caminho da inovação, da identificação de uma oportunidade / problema à colocação da solução no mercado, sempre traz lições que podem ser aprendidas para continuar a refinar a busca da escola por novidades. Analise o processo de inovação e identifique pontos fortes e fracos – a ideia é remover as fraquezas e fazer com que esse sistema funcione de forma cada vez mais eficiente.
Quando a inovação é bem gerida, vão se criando melhores práticas, a administração ganha qualidade e é possível criar documentações cada vez mais sólidas. O resultado é um ciclo de melhoria cada vez mais acelerado. Tanto o processo de inovação quanto seus frutos (as soluções criadas) passam a ser vistos como “não definitivos”: sempre é possível melhorar, uma vez que as características, desejos e necessidades dos clientes e do mercado mudam constantemente.
Nas escolas particulares, inovar nem sempre é simples, mas, aplicando método e constância, é possível criar os caminhos que levam ao sucesso.