5 tendências tecnológicas da NRF 2021 para o varejo brasileiro

5 tendências tecnológicas da NRF 2021 para o varejo brasileiro

Edição virtual do maior evento de varejo do mundo indica os caminhos e revela pontos de atenção para os investimentos em tecnologia

Em meio à pandemia, e com a segunda onda do vírus em velocidade acelerada em muitos países, muita coisa mudou. Uma delas foi o “ponto de encontro anual” do varejo brasileiro: desta vez, a NRF Big Show foi virtual. Em vez do frio de Nova York, milhares de pessoas estiveram unidas em frente a seus computadores, compartilhando conhecimento e gerando insights importantes para a realidade brasileira.

O evento é sempre uma grande oportunidade para entender as transformações do varejo e identificar tendências tecnológicas que poderão gerar grandes mudanças na dinâmica do relacionamento com os clientes. Em 2021 não foi diferente! Da cadeia de distribuição às interações com os consumidores, a pandemia deixou claro que uma série de tendências amadureceram muito e se tornarão estratégicas.

Vale a pena ficar muito atento a estes 5 pontos:

 

1)  Explosão dos canais digitais

Surpresa zero para quem não esteve em Marte nos últimos 12 meses, o forte crescimento dos canais digitais, tanto para interação com as marcas quanto para compras, representa a grande transformação do varejo em função da pandemia. Essa é uma mudança que já vinha amadurecendo, preparada a fogo baixo, mas que precisou ser muito acelerada com o isolamento social.

Com o fechamento das lojas físicas, marcas que não tinham uma estratégia digital sólida se viram perdidas. Colocar um site no ar virou questão de ordem, e fornecedores capazes de implementar rapidamente soluções seguras se tornaram parceiros estratégicos. Quem tinha uma presença online modesta precisou priorizar o digital: um bom exemplo é a rede americana de materiais de construção Lowe’s. O CEO da marca, Marvin Ellison, disse que a empresa, que já se considerava madura no digital, precisou acelerar todas as suas iniciativas e, com isso, aumentou as vendas digitais em 30% na comparação anual. E esse é apenas um de inúmeros exemplos apresentados na NRF 2021.

Outro vetor de crescimento importante são os marketplaces. Ter uma estratégia de uso das plataformas digitais de terceiros para ganhar visibilidade passou a ser essencial. E isso exige novos conhecimentos, como a capacidade de investir em publicidade online nessas plataformas e usar os marketplaces para atrair público para canais próprios.

Neste ano, ecommerce, marketplace e redes sociais continuarão sendo essenciais na estratégia de todo e qualquer varejista. A digitalização do varejo e do consumidor é um processo irreversível.

 

2)  A nova cadeia de suprimentos

Em 2020, varejistas e indústrias se depararam com um cenário surreal, em que havia produtos à disposição dos clientes, mas era muito difícil fazer o match com a demanda do público. Casos que já se tornaram clássicos, como a corrida por papel higiênico e álcool gel nos primeiros dias de isolamento, mostram um descasamento da cadeia logística muito difícil de prever, e que se complicou ainda mais com a falta de pessoal e as restrições à circulação durante a crise.

Nesse sentido, um dos grandes insights da NRF 2021 é a necessidade de melhorar a conexão entre os diversos elos da cadeia de distribuição com o uso de tecnologia. A integração de fábricas, Centros de Distribuição, lojas e transportadoras em um único sistema faz com que o varejo consiga ter uma visão global do que acontece no negócio e, assim, tenha o estoque adequado a todo momento.

No pós-Covid, a ciência da gestão de estoques muda completamente. Prepare-se para usar algoritmos para otimizar a movimentação de produtos e adotar IoT, Inteligência Artificial e integração de dados para antecipar demandas e identificar potenciais rupturas. Em um mundo em que o cliente deseja tudo agora, o varejo precisa pensar “para ontem” para ter sucesso.

 

3)  Omnichannel “nível hard

Quando parecia que omnichannel tinha virado uma daquelas buzzwords que vão perdendo valor, a pandemia mostrou que o varejo ainda tinha feito muito pouco. O consumidor quer se conectar com as marcas por qualquer meio e, para ele, não há diferença entre online e offline. Varejistas e indústrias perceberam, na dor do fechamento das lojas, a vantagem de integrar o ecommerce às lojas físicas.

Nos primeiros momentos de isolamento, muitos varejistas ofereceram uma experiência omnichannel mambembe, para dizer o mínimo. Os bons exemplos apareceram rápido e as soluções tecnológicas se mostraram cada vez mais eficientes para gerar resultados palpáveis.

Daqui em diante, o que temos de omnichannel hoje é o mínimo exigido pelos clientes. Não é um caminho simples, como os desafios da logística mostram claramente, mas os maiores fornecedores de tecnologia do mundo reforçaram suas soluções e simplificaram as entregas. Com isso, o omnichannel se torna cada vez mais viável para empresas de todos os portes, o que melhora o atendimento ao cliente e gera fidelização.

 

4)  O poder dos dados

Canais digitais, cadeia de suprimentos e omnichannel só podem funcionar com eficiência total se estão baseadas em dados confiáveis, em tempo real, que podem ser analisados e aplicados aos negócios. Inúmeras palestras e dezenas de estandes na Expo Virtual da NRF 2021 mostraram soluções de machine learning, Inteligência Artificial, big data e data lakes que criam empresas capazes de aprender continuamente, a partir das informações vindas do relacionamento com os clientes.

Outro aspecto importante do aumento do uso dos dados é a necessidade de integrar essas informações à estrutura atual das empresas. Isso, para muita gente, pode ser um imenso problema: sistemas legados com frequência amarram a capacidade de evolução do varejo.

A integração do ERP e da plataforma de ecommerce é um caminho fundamental para dar mais agilidade aos processos. E, como a NRF 2021 mostrou, isso é algo que precisa ser feito já. Varejistas que não embarcarem já no uso intensivo de dados ficarão muito para trás daqui a pouco tempo. E aí talvez já seja tarde demais.

 

5)  O varejo na nuvem

O aumento do uso de dados pelo varejo gera a necessidade de armazenar as informações em algum lugar. A solução é a nuvem. Plataformas cloud se tornam um recurso essencial para dar agilidade às empresas e permitir respostas rápidas às demandas do mercado, com economia de recursos.

Uma dificuldade tradicional do varejo é o dimensionamento da estrutura: tenha muitos recursos e eles ficam ociosos em períodos de baixa. Dimensione para os períodos normais e você perde vendas nas épocas de pico. Isso vale para equipamentos de PDV, para o processamento de pedidos online, para a logística e muito mais. E tecnologias cloud têm contribuído para solucionar esse problema até mesmo na emissão de notas fiscais.

Em 2021, cloud ganha força não somente como uma forma de dar flexibilidade ao varejo, mas também para facilitar investimentos em novas tecnologias. Testar soluções e implementar sistemas é muito mais simples quando não é necessário fazer instalações localmente. Este será um ano de investimentos em conectividade no PDV e na busca por soluções as a Service, mais baratas e que podem se adaptar às necessidades das empresas.

 

Mais uma vez, a NRF 2021 aponta uma série de tendências tecnológicas importantes para que varejistas se destaquem no atendimento ao cliente e na resposta às demandas do mercado. Depois de um 2020 de grandes transformações, os próximos meses verão a consolidação de novos comportamentos dos clientes, e a tecnologia terá um papel muito importante na experiência oferecida a esse consumidor mais digitalizado. A escolha é clara: prepare-se ou fique para trás.

 

A Linx Digital pode ajudar você a acompanhar a evolução das tendências e acelerar seu crescimento em 2021. Conte com a gente em sua jornada!

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