Postos de combustíveis
Tecnologia: 7 estratégias para vender mais nos postos de gasolina
A tecnologia emerge como uma aliada poderosa na busca por eficiência operacional e, principalmente, para vender mais nos postos de
Consolidação do mercado de revenda e criação de uma marca forte no mercado são algumas delas
O setor brasileiro de combustíveis sofre impactos diretos das movimentações governamentais, econômicas e dos avanços tecnológicos do País. Com mais de 130 mil agentes econômicos, o segmento vive oscilações devido às mudanças na política de reajuste de preços praticadas pelo mercado, às privatizações, ao fim de monopólios, entre outros movimentos relevantes.
Por tudo isto, uma peça-chave para se manter ativo e relevante nesse cenário é saber o que pode levar o seu negócio a ganhar competitividade. O primeiro ponto, é claro, é acompanhar todas as movimentações mercadológicas e, em linha com esse contexto, conhecer e se preparar para as tendências do segmento.
O que esperar do ano de 2020 no mercado de combustíveis? Confira, a seguir:
Entre as tendências que vêm sendo firmadas ao longo dos últimos anos, está o crescimento do mercado de revenda, que opera com alto índice de competitividade. Hoje, a revenda de combustíveis é considerada um mercado extenso no Brasil, com, aproximadamente, 99 mil agentes regulados, responsáveis pela venda a varejo de combustíveis automotivos, de aviação e GLP (gás liquefeito de petróleo).
Em 2018, segundo o Seminário Anual de Avaliação do Mercado de Combustíveis da Agência Nacional de Petróleo (ANP), houve um forte aumento no número de revendedores, mais precisamente na área de GLP. O estudo da ANP mostra, ainda, um crescimento do número de postos sem bandeira, que já são 48% no País.
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Também existe uma movimentação de verticalização do mercado de distribuição dos combustíveis, que quebra a triangulação dos agentes que regulam e operam este mercado. Hoje, já são mais de 160 distribuidoras, que operam nacional e regionalmente.
Mas o mercado deve ficar ainda mais concorrido com a eventual aprovação da proposta da ANP, que prevê a autorização para que empresas atuem em mais de uma atribuição (como refino, transporte ou distribuição). Isto permitiria, por exemplo, que usinas pudessem vender diretamente para postos de gasolina e que refinarias e distribuidoras pudessem ser donas de postos.
Com a redução de barreiras do mercado, é preciso prever os impactos no segmento de revenda devido à entrada de novos competidores no cenário.
Com o aumento no número de postos de bandeira branca e a tendência de verticalização do mercado de distribuição, a competitividade do setor deve aumentar, e é possível que os donos de postos precisem encarar novos desafios de construção de marca.
Como já falamos aqui no blog, de acordo com o relatório Intangible Asset Market Value Study (IAMVS), hoje, o valor das companhias é composto por apenas 17% de ativos tangíveis, como produtos e patrimônio, enquanto os intangíveis, como a marca, processos de qualidade e relacionamento com clientes, representam 84% de um negócio.
Para colocar isso em prática, é essencial incluir no processo de planejamento da marca do seu posto a análise de mercado para conhecer bem o perfil do consumidor da região onde está o negócio, depois, definir qual será o posicionamento da sua marca, alinhado à proposta de valor e o propósito, para definir se você vai priorizar o melhor preço, a qualidade do produto etc. Com essas questões definidas, o próximo passo é comunicar esse posicionamento e trabalhar o relacionamento com o consumidor.
Especializar-se na venda de outros produtos e serviços também é uma tendência do mercado. Além do conhecido conceito “one stop shop”, que amplia o leque do comércio em postos, reunindo no local farmácias, lavanderias e lojas de costura, por exemplo, é possível tornar-se especialista em diferentes serviços automotivos.
Da mesma forma, é possível oferecer serviços que vão além do mercado automobilístico. Para chamar a atenção do consumidor e usar isso na comunicação da marca, uma opção é oferecer serviços específicos para os motoristas de aplicativos ou ter um programa de fidelidade com vantagens voltadas para esses clientes.
Essas são boas oportunidades de agradar ainda mais os usuários do posto, aumentar o fluxo de pessoas e, consequentemente, a rentabilidade do negócio.
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Grandes números mostram a complexidade de operar um posto de combustível no Brasil. São mais de 40 mil pontos de venda de combustível atuando em um mercado super potente e disputado, e, para sobreviver e vencer a concorrência, é necessário se solidificar. Por isto, uma forte tendência, hoje, é procurar recursos e ferramentas que melhorem a experiência de compra, ao mesmo tempo em que otimizam os processos de gestão.
Existem tecnologias que otimizam a gestão do negócio como um todo, permitindo a prática de preços competitivos e a prática de tarefas que geram benefícios e lucros para o posto. Automatizar atividades financeiras e substituir as tabelas do Excel por softwares de gestão garante agilidade, qualidade e economia de recursos são um exemplo.
Outra vantagem é ter todas as informações administrativas importantes (como as tributárias e de vendas) e aquelas que dizem respeito à jornada de compra do consumidor em um único local. Isso ajuda a ter uma visão integral do negócio e facilita o processo de tomada de decisão. Por exemplo, ao identificar a frequência com que clientes com o perfil X visitam o seu posto, é possível segmentar melhor as suas campanhas de marketing e atrair mais compradores.
Falando em atração, também existem sistemas que melhoram o atendimento ao consumidor e transformam a experiência de compra. Soluções de pagamento eficientes permitem ampliar o escopo de meios de pagamento – melhorando taxas e oferecendo mais opções ao cliente – e agilizar a hora de finalizar a compra do combustível, oferecendo rapidez no atendimento e evitando filas.
Além disso, em pouco tempo, outra tecnologia que deve ser usual no setor é a Inteligência Artificial para tomadas de decisões precisas. Sistemas como com deep learning serão usados para recomendação de preço do combustível, do mix de produtos a ser colocado à venda na loja de conveniência e até mesmo para sugerir ações preventivas de compra de combustível por um preço melhor ao cruzar informações de mercado e do nível de combustível no tanque para chegar à melhor definição do momento da compra.
Essas são as principais tendências que devem pautar o mercado no próximo ano. Gostou das nossas dicas? Então, continue acompanhando as publicações do blog.