4 vetores para o sucesso do varejo de proximidade

4 vetores para o sucesso do varejo de proximidade

Executivo da Linx mostra a nova realidade do setor no Brasil e mostra como a tecnologia ajuda no sucesso do varejo de proximidade

 Estamos vivendo uma mudança na lógica do varejo, gerando transformações que impactam as empresas e criam ameaças e oportunidades para as empresas. No VIZZINHA – II Fórum Nacional do Varejo de Vizinhança, realizado recentemente em São Paulo, o líder da unidade de negócios de Proximidade e Conveniência da Linx, Samuel Carvalho, mostrou que o mercado está se organizando de novas maneiras, que desafiam os gestores a repensar conceitos e investir em tecnologia para obter resultados.

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“Nos últimos dois anos, as mudanças nos padrões de mobilidade dos consumidores abriram oportunidades para novos modelos de negócios, como lojas dentro de condomínios e pontos de venda autônomos. São negócios que só se sustentam com muita eficiência e uso de dados”, afirma o executivo. Para Carvalho, a integração tecnológica aumenta a capacidade das empresas de entender o consumidor no detalhe, hiperlocalizando o sortimento de cada loja e entregando soluções com a cara dos clientes. “Só com tecnologia é possível ter negócios com dezenas ou centenas de minilojas que faturam muito pouco individualmente”, explica.

Citando um estudo do Gartner Group sobre as mudanças no varejo global, o executivo afirma que, hoje, existem 4 vetores que direcionam o comportamento dos clientes e ajudam no sucesso do varejo de proximidade:

1) Experiência

Em um mundo digitalizado, o varejo de proximidade precisa oferecer escolhas, personalização, uma experiência sem “emendas” entre físico e digital, e tem que ser divertida ou apresentar um componente de socialização. “Para comprar produtos, o cliente pode comprar online e receber os produtos rapidamente. O ponto de venda físico precisa entregar uma experiência diferente, exclusiva e que traga um senso de comunidade – assim, ele vai continuar a ser relevante”, diz Carvalho.

2) Opções

Os clientes esperam que os pontos de venda de proximidade sejam rápidos em trazer as novidades da indústria. Mas não qualquer novidade – somente aquelas que fazem sentido para a realidade do consumidor, seus valores e propósito. “O time to market passa a ser muito importante e precisa ser direcionado pelos dados das transações. O cliente sabe que seus dados estão sendo coletados, e espera que essas informações façam com que ele tenha uma loja com os produtos de que gosta – e sem aquilo que não importa para ele”, explica o executivo.

3) Interações com contexto

Da mesma forma como os dados contribuem para que o sortimento das lojas esteja mais próximo do que o cliente deseja, as informações coletadas no varejo físico e no digital precisam fazer com que a interação com o consumidor aconteça de forma contextualizada. “A experiência na loja precisa ser eficiente e o cliente quer um relacionamento integrado, de acordo com aquilo que é importante para ele. E isso muda tudo”, diz Carvalho.

Tradicionalmente, o varejo e a indústria eram orientados a produto, procurando vender o que tinham no estoque. Nessa nova lógica digitalizada, isso se inverte: é preciso ter no estoque aquilo que o cliente quer comprar. E, a partir disso, todo contato com o consumidor precisa estar contextualizado para mostrar que a loja de proximidade conhece seu cliente.

4) Uma nova cadeia de suprimentos

Para lidar com um mundo digitalizado, a cadeia de suprimentos do varejo precisa ser mais flexível, integrada e ágil. É uma revolução, pois as empresas sempre se preocuparam em criar processos de distribuição padronizados e estáveis – agora, a regra do jogo é a instabilidade. “Para lidar com essa nova realidade e ser eficiente, o varejo de proximidade precisa se apoiar no uso intensivo dos dados e desenvolver parcerias com seus fornecedores. A indústria e o varejo precisam entender que estão no mesmo jogo – o jogo de atender bem os clientes”, explica o executivo da Linx.

Esses 4 vetores, quando somados, definem uma nova forma de abordar os clientes: um modelo de varejo baseado em dados, com processos bem estabelecidos, mas que é flexível para se adaptar a necessidades que podem surgir rapidamente. “A tecnologia tem um papel fundamental nisso tudo, pois dá a flexibilidade necessária para, por exemplo, mudar uma promoção em cima da hora ou redirecionar produtos para outra loja onde a demanda está sendo maior”, diz.

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Essa capacidade de adaptação às necessidades dos clientes precisa acontecer em tempo real. “Não dá para esperar 6 meses por um relatório que mostre como o consumidor reagiu a uma campanha. Os resultados precisam chegar com a agilidade das redes sociais: agora, com possibilidade de correções de rota em tempo real”, explica.

Para Samuel Carvalho, essa nova configuração das lojas de proximidade traz grandes vantagens para quem está preparado: menor índice de ruptura, aumento de vendas, estoque ajustado, promoções mais eficientes e gestão do negócio 24/7, de qualquer lugar do mundo. “Temos clientes que administram lojas autônomas em São Paulo a partir de um escritório em Londres, com altíssima eficiência. Distância não é mais uma barreira para entender o cliente – a falta de tecnologia é o que faz toda a diferença”, completa.

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