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Fórum ECBR 2023: confira os principais insights do evento
O Fórum ECBR 2023, realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo, nos dias 25, 26 e 27 de julho,
Os assistentes virtuais vão ganhar força no relacionamento das marcas com os clientes neste ano. Saiba como aproveitar essa tendência de mercado
Toda inovação tecnológica traz novas oportunidades. Um bom exemplo é a digitalização do varejo, que aproxima o cliente das marcas e ainda cria a possibilidade de automação da jornada de compra. De clubes de assinatura ao voice commerce, empresas em todo o mundo estão buscando maneiras de facilitar as transações: a compra vai até o cliente de forma ativa.
É por isso que um relatório do Gartner aponta que assistentes virtuais (Virtual Commerce Assistant ou VCA em inglês) serão uma das quatro grandes tendências do varejo digital nos próximos dois anos. Embora possam ser considerados uma evolução dos chatbots, os assistentes virtuais, na realidade, são bem mais que isso: se tratam de aplicações que entregam informações, engajam-se com os clientes e/ou atuam em nome deles, e diminuem o atrito nas transações e o esforço de venda.
Como os assistentes virtuais estão se tornando a “linha de frente” no relacionamento com o consumidor por meios digitais, novos poderes lhes são atribuídos:
Durante a pandemia, os chatbots ganharam força como uma ferramenta importante para o atendimento ao cliente, a recomendação de produtos e a resolução de problemas. Mas ainda fica a dúvida: como as marcas podem se beneficiar disso?
O conceito do bom e velho SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) está mudando. No fundo, o que o consumidor deseja é uma experiência sem obstáculos: pesquisar, escolher, comprar e pagar de onde estiver, com agilidade. Ainda assim, a humanização continua sendo fundamental – mesmo nas compras online. É por isso que 95% dos consumidores dizem que o atendimento ao cliente é o fator mais importante na escolha de uma marca e que 52% dizem preferir marcas que oferecem suporte ao vivo (via chat, ligação, videoconferência ou chatbot).
Entre o que o cliente quer e o que ele recebe, porém, ainda existe um gap considerável: quase metade dos consumidores afirma não ter tido experiências positivas com sistemas de chat em suas últimas interações com marcas. O grande desafio é conseguir entregar atendimento de qualidade, em grande escala e baixo custo.
Para vencer esse desafio, o varejo precisa estabelecer uma jornada de automação do atendimento ao cliente:
O primeiro passo é adotar um chatbot inteligente. O sistema precisa entender o contexto do cliente e contornar situações não previstas em um script. O Gartner afirma que pelo menos 25% de todas as operações de atendimento ao cliente passaram a contar com VCAs durante a pandemia, contra 2% em 2017.
Assistentes virtuais têm o objetivo de otimizar a experiência de compra em qualquer plataforma utilizada pelo consumidor. Seja via desktop ou mobile, o assistente virtual deve estar à disposição do cliente para ajudá-lo a escolher o melhor produto.
Um estudo da SearchNode mostra que os fatores que mais dificultaram a sobrevivência do varejo em 2020 foram problemas na cadeia de suprimentos (57%), dificuldade de atender a demanda (43%), limitação das operações durante o lockdown (29%), gestão dos estoques (28%) e falta de funcionários (26%). Desses 5 itens, assistentes virtuais ajudam diretamente em dois:
Os assistentes virtuais não precisam estar limitados a tarefas relacionadas ao relacionamento com o consumidor. É possível utilizá-los para automatizar diversas etapas da jornada do cliente:
Existe um aspecto, porém, que não deve ser deixado de lado. Por mais tecnologia que o consumidor use no dia a dia, ele continua valorizando o atendimento humanizado. Por isso, assistentes virtuais devem entregar eficiência e customização, conforme a demanda do consumidor.
Uma forma de fazer isso é usar mais soft skills para que os sistemas mostrem mais empatia pelos clientes. Assim, ao interpretar suas emoções (especialmente em contatos por voz), os assistentes virtuais podem responder da forma mais adequada. O diálogo deixa de ser algo engessado e se torna ainda mais personalizado.
Os assistentes virtuais estão apenas no início de sua jornada de relacionamento com o cliente. Desenvolver boas soluções para o consumidor é algo que leva tempo. Por isso, a hora de começar é agora!